terça-feira, 23 de setembro de 2008

Manejo de Acidentados com TRM em Águas Rasas: como proceder?

CUIDADOS AO MERGULHAR
“O mergulho em águas rasas é a quarta causa de lesão medular no Brasil, mas assume a segunda colocação durante os meses de verão. A cada semana cerca de dez pessoas ficam paraplégicas ou tetraplégicas ao bater a cabeça durante mergulho.”
Fonte: BARROS FILHO, T.E.P. Cuidados ao Mergulhar. São Paulo: Pool-Life, 2004. n. 63/64.

SPINAL CORD INJURY IMMOBILIZATION IN THE AQUATIC ENVIRONMENT
Purpose
The Spinal cord injury (“SCI”) is an all too common accident to occur in the aquatic environment, and its periodicity depends on the characteristics of the environment.Lifesavers and rescuers are in a dilemma when called upon to rescue and manage SCI victims:
(i) Which victims are to be considered as SCI case?
(ii) Which specific methods are to be applied?
(iii) How to handle a respiratory impairment or a cardiac arrest?
Results
The aim of this paper is to classify the range of intervention procedures to be applied in such accidents, based on the author’s ten years experience and studies of most frequently techniques worldwide applied and his experience when applying these techniques.
When recognizing SCI we should take into account:
· Immobile victims without visible cause or drowning in shallow water;
· Underwater victims in shallow water or aquatic sports; and
· those observed who suffered a high impact trauma.
Once the SCI is established, we should activate the emergency medical service (“EMS”) and check if the victims is conscious; if positive then check breathing and if negative is imperative to give breaths following the in water Basic life support procedure (“BLS”) where found and during the towing to dry zone, laying away the immobilization.
If the victim breathes normally and is conscious, then the first step is to manually immobilize in line without equipment. In shallow water we should apply the “Extended Arms Grip” technique, while in deep water the “Body Hug” one, perfect to beach accidents. In deep water the “Vice Grip” technique is to be used while waiting assistance or towing the victims to shallow water, if possible. Every technique allow to role the victim when found in a prone position. In water complete immobilization should be applied in any other situation using the spinal board, straps, head immobilizer -excepting the “Body Hug” technique in surf beaches where the victim should be immobilize out of water.
Conclusion
- There is no single method to be applied to every circumstances and every victim, therefore the above three techniques shall be handle and when to apply them to each specific situation.
- Not to automatically immobilize the victim in the water but to recognize the potential SCI and give importance to high impact trauma.
- When victims are unconscious or do not breathe normally, then immobilization is not a priority but giving immediately place to BLS in or out the water until waiting the ambulance arrival with Advanced life support (“ALS”).
Fonte: MANINO, L.A. Spinal Cord Injury Immobilization in the Aquatic Environment In: WORLD WATER SAFETY: CONFERENCE AND EXHIBITION, 1, 2007, Matosinhos. Abstract Book... Portugal: AsNaSa, 2007. p. 136-137.
leomanino@yahoo.com.ar

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

ATA DO 3o FÓRUM DE EDUCAÇÃO FÍSICA DOS PAÍSES DO MERCOSUL (2003)


Aos treze dias do mês de Janeiro de dois mil e três na cidade de Foz do Iguaçu, PR – Brasil, Por ocasião do 18o Congresso Internacional de Educação Física – FIEP/2003 realizou-se a segunda reunião do 3O FÓRUM DE EDUCAÇÃO FÍSICA DOS PAISES DO MERCOSUL, o Presidente Prof. Garcia inicia os trabalhos do dia saudando os presentes e em seguida convida o primeiro Conferencista do dia, o Prof. Dr. João Batista Tojal para o tema: “Equivalência dos Profissionais de Educação Física dos Paises do Mercosul”. Durante sua fala o Prof. Dr. João Batista Tojal convidou o Prof. Cláudio Augusto Boschi para enriquecer sua exposição com informações sobre políticas públicas na área de Educação Física. Encerrada a exposição, o Presidente Prof. Garcia convida a plenária para perguntas e questionamentos ao palestrante. O próximo Conferencista é o Prof. Lúcio Rogério dos Santos com o tema “Posição dos Conselhos Federais na Área da Saúde: Interesse e Inserção da Educação Física na Área da Saúde no Mercosul”.Após a palestra, o Prof. Valdemar Talema, da cidade de Porto Alegre solicita intervenção para contribuir com o Fórum narrando sua experiência na Prefeitura Municipal com a Yoga e a Biodança, Projeto social ligado à qualidade de vida, inclusive com atuação em paises do Mercosul. Uma professora representante do Paraguay mostra preocupação com a atuação de profissionais daquele pais no mercosul, haja vista que a formação se dá em nível técnico e não em Instituição de Ensino Superior. O Prof. Dr. Lamartine Pereira da Costa, do Rio de Janeiro- Brasil, alerta aos participantes da necessidade do Fórum apontar algo além de discussões, e sim, faz-se necessário recomendações, e passa a dissertar sobre o sistema de saúde além do Mercosul. Coloca que o Fórum deveria recomendar um perfil profissional aos moldes do Código Brasileiro de Ocupações –CBO, partindo de uma representação de cada pais.O Presidente Prof. Garcia comunica aos participantes que teremos um intervalo de 5min. No retorno aos trabalhos, o Prof. Dr. Alberto Puga Barbosa versou sobre o tema: “Discussão e Implementação de Cooperação Institucional no Mercosul”, o tema também teve a participação do Prof. Humberto Baldayo Sierra (Venezuela). A pedido do Presidente Garcia, o Prof. Dr. Alberto Puga lê correspondência do IPA de Porto Alegre, que saúda os participantes do Fórum e se mostra interessado nos assuntos de Cooperação institucional. O Presidente Prof. Garcia fala sobre a possibilidade de se incluir o Fórum no portal da FIEP, como forma de democratizar as discussões e informações. O professor representante do Paraguay exalta o crescimento do Fórum que em relação às versões anteriores mostrou grande crescimento. O Prof. Humberto Baldayo (Venezuela) passa às mãos do Presidente Garcia e do Prof. Alberto Puga, o “Projeto de Lei do Desporto e da Educação Física da Venezuela”. O Prof. Garcia passa a ler as recomendações que chegaram à mesa oriundas de contribuições do Prof. Lamartine Pereira da Costa que propõe que a partir do próximo evento selecione-se áreas de estudos sobre temas de interesse comum aos paises do CONE SUL. Com base nestes estudos será mais apropriado definir as temáticas dos próximos eventos como também haverá um fluxo continuo de cooperação entre paises.Sugeriu ainda que se priorize o tema da formação profissional(perfil de formação e tipos de intervenção )entre as áreas de conhecimento a serem programadas no próximo evento. O Fórum entra em assuntos gerais. Como assunto, o Prof. Nelson Schavalla - CREF9, fala sobre o TCHOUKBALL – O jogo da Paz, convidando os presentes para prestigiarem um torneio e um jantar, tendo como ênfase a preparação de um documento para os participantes do Mercosul sobre um Torneio a ser realizado em 2004. O Prof. Osni Guaiano – CREF 4, falou sobre um curso de salvamento aquático para os paises do Mercosul, entregando a coordenação do Fórum um resumo de seu projeto. O Presidente Prof. Carlos Garcia, agradece a Comissão do Mercosul, aos Conferencistas e participantes presentes no 3o FÓRUM DE EDUCAÇÃO FÍSICA DOS PAISES DO MERCOSUL, convida todos a participarem do Fórum de Ética e informa que os Certificados de participação estarão disponíveis a partir das 14h. e que no próximo ano estará sendo realizado o Fórum de Educação Física dos Países do Mercosul, nos dias 11 e 12 de janeiro/2004 aqui na cidade de Foz do Iguaçu/PR durante o 19º Congresso da FIEP no período de 10 a 14/Janeiro de 2004, o qual todos estão convidados para participarem Fazem parte da Comissão Especial do Mercosul: Almir Adolfo Gruhn – PR, Alberto Puga Barbosa – AM, Carlos Alberto Garcia – RS, Claudio Augusto Boschi – MG, João Batista Tojal – SP, Paulo Bassoli – MG. Nada mais havendo a ser registrado, encerro esta Ata que vem assinada pelo Secretário e pelo Presidente do Fórum.
Antonio Ricardo Catunda de Oliveira Carlos Alberto de Oliveira Garcia
Secretário Presidente

Entrevista concedida a Dra. Angela Sampaio – Salvador, BA. (NOV 2006)

PROFESSOR COMO VC SE INTERESSOU EM APRENDER SALVAMENTO AQUÁTICO E COMO APRENDEU?
- Esta história é longa e vai consumir várias horas para transportá-la para o papel, mas dados interessantes são que quando adolescente fui socorrido por um Guarda-Vidas na Praia de Ipanema-RJ, durante carnaval fora de época. Mais adiante, aos 20 anos de idade, me meti, ou melhor, me meteram numa competição numa piscina olímpica, só por que eu morava numa ilha, e durante a competição tive câimbra e aspirei um montão de água. Como nasci numa ilha e nela morei durante muitos anos de minha vida, é natural que me interessasse pelas atividades esportivas que aconteciam nas praias da Ilha do Governador. Não só por isso, mas também por que o meu pai era pescador, desde o ventre de minha avó. Neste ambiente fui criança e adolescente. Aos vinte e dois anos de idade entrei para o Corpo de Bombeiros do RJ. Um mês depois estava quase desistindo, pois pensava que a coisa nos bombeiros era mais branda, que o sentido da coisa era trabalhar para ajudar as pessoas, mas não, lá era mais militarizado que a Aeronáutica, onde durante quatro anos e meio passei a minha vida. Realmente, queria deixar de ser bombeiro, mas foi quando em abril de 1983 circulou no boletim da unidade que recrutas poderiam fazer o mais novo curso dos bombeiros do RJ – curso de salvamento em praias. Então li várias vezes o boletim para ter certeza de que o que diziam era verdade – o recruta também poderia fazer o curso de Guarda-Vidas, pois o que mais queria era sair do quartel. Foi então que caiu a ficha e perguntei a um colega o que faz o Guarda-Vidas – eu nem sabia o que era isso – então recebi a resposta: o Guarda-Vidas trabalha na praia. Aonde, eu disse. Na praia, respondeu o colega. Não pensei duas vezes sequer: se é para trabalhar na praia vou nessa. Fiz os testes e com muita dificuldade passei, até porque não tinha muita habilidade na água, mas fui abençoado. O meu curso, como foi o Primeiro Curso de Guarda-Vidas do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, durou cerca de três. Duríssimos meses! Durante esta jornada encontrei muitas dificuldades, tal como os meus colegas de turma, pois o curso foi realizado durante o inverno e numa das praias mais perigosas do Estado do Rio de janeiro – a Praia da Macumba. – Para aqueles que desejam surfar nesta praia têm de ter na consciência que terão que atravessar três arrebentações. E, quando o mar neste local fica grande é desesperador... Todo o curso possuía cerca de 103 homens e foi dividido em três pequenos grupos: o grupo A – que eram os melhores nadadores; o grupo B – que eram os nadadores razoáveis; e o grupo C – que eram os piores, os abobrinhas. Então, na sua concepção em qual grupo eu me encaixava?? Acertou se falou os abobrinhas... e neste grupo fiquei mais da metade do curso. Foi então que de tanto ser chamado de abobrinha resolvi treinar fora do horário do curso... e assim foi... passei a treinar de segunda a segunda. Como havia prova para mudar de grupo a cada 15 dias na primeira prova que fiz passei direto para o grupo A. Do grupo A foram separados 15 alunos para serem seguranças dos próprios colegas de curso e tive a felicidade de ser um destes deste grupo especial. Lembro-me que meu peso aumentou muito, pois adquiri muita massa muscular realizando meus treinamentos aquáticos e muita barra e paralela. Também nesta época de treinamento, para sair do grupo dos abobrinhas, comecei a realizar pequenas travessias que culminou em cruzamento em entre ilhas. Todos os dias eu corria, fazia barras e paralelas e realizava uma travessia... todos os dias. Rapidamente, fiquei muito conhecido na ilha em que morava. O curso então acabou e somente 70 homens se formaram. Os outros ficaram pelo caminho... outros até tentaram realizar o curso novamente... alguns conseguiram e outros não. No final do ano de 1983 todos os Guarda-Vidas do Corpo de Bombeiros foram convocados a estarem na Praia do Diabo, Arpoador – RJ, para fazerem um teste de arrebentação com os instrutores do SALVAMAR. Neste dia o mar estava grandão, mas como fomos treinados na Macumba, entrar no mar e sair praticando jacaré era coisa de criança. Todos foram aprovados!! Então, a partir desta data fomos ingressos no Salvamar do RJ. Fui destacado para as praias da Barra da Tijuca e dela para a Praia do Recreio dos Bandeirantes. Em 1984, antes da semana santa recebemos ordem superior para retornarmos ao quartel dos bombeiros.... me lembro que na época foi grande a mortalidade de pessoas, possivelmente por que não nos tinham mais nas praias. Neste mesmo ano o governo do Estado do Rio de Janeiro passou as atribuições do Salvamar para o GMar, unidade operacional do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro e com isso retornamos para as praias. Ainda, em 1984, foram realizados os testes para a segunda turma e no decorrer do segundo curso fui convidado pelo meu Amigo Jorge Cunha para participar durante um dia como monitor no curso. O meu trabalho foi apreciado pelo coordenador, o então Major Nilton Barros Junior e desde este dia passei a ser instrutor do curso de Guarda-Vidas do RJ. O aprimoramento veio por meio de vários cursos que realizei, todos voltados para conhecer melhor o corpo humano e o ambiente aquático. Em 2000, já com 40 anos de idade prestei vestibular e passei me formando professor de Educação Física. Mas vale lembrar, por que este é um dado histórico, que no início de minha caminhada acadêmica fui convidado pelo Prof. Marcelo Baboghuian – docente da cadeira de fisiologia da faculdade - a desenvolver um projeto, o qual culminou no primeiro curso de extensão universitária em salvamento aquático do Brasil, realizado nas Faculdades Integradas de Guarulhos – SP.


A SUA MONOGRAFIA TRATA SOBRE PREVENÇÃO E AÇÃO DIANTE DO AFOGAMENTO, ALÉM DE OBSERVAR O ENTENDIMENTO DE PROFESSORES E ALUNOS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE O ASSUNTO ATUALMENTE QUE TRABALHO VOCÊ DESENVOLVE?
- Bom!! Atualmente, desenvolvo um projeto na Universidade Federal de São Paulo / Escola Paulista de Medicina sobre a questão do reconhecimento, prevenção e ação diante do afogamento. Este projeto circula em segredo e não posso divulgá-lo até que defenda a minha tese.

JÁ É O TRABALHO QUE VOCÊ QUER FICAR FAZENDO OU SEU TRABALHO ESTÁ EM TRANSIÇÃO? PORQUE LI QUE VOCÊ É ALUNO DO MESTRADO DE EMERGÊNCIAS MÉDICAS. VOCÊ QUER ENSINAR NAS FACULDADES?
- Na verdade, penso que estamos em constante mudança, ou seja, nos aperfeiçoando há todo momento. O mais importante neste aspecto é que milhares de pessoas morrem por afogamento no Brasil e alguém precisa despertar a consciência preventiva da sociedade em relação a esta catástrofe anual que atinge na sua grande maioria crianças de 0 a 14 anos de idade. Penso e muitos pesquisadores da área também (Andrés, Gonzalez, Peresenda, Palácios, Valeiras, Porto, Tilló e outros) que a Educação Física tem importante função a desempenhar na prevenção do afogamento, posto que o objetivo de seu estudo é o homem em movimento, variável de maior interesse deste processo. Com este propósito, venho desde 2001 ensinando técnicas de salvamento aquático nas instituições de ensino superior e nos encontros acadêmicos e científicos que nos convidam para participar.

EU LI SUA MONOGRAFIA TODA E ADOREI AS DICAS DE SURF E APRENDI LENDO ESSA MONOGRAFIA O QUANTO É IMPORTANTE APRENDER A SALVAR E A ESPALHAR ESSE CONHECIMENTO E VOCÊ PRETENDE QUE A SUA MONOGRAFIA SE TRANSFORME NUM LIVRO?
- A monografia, na verdade já é um livro, mas num formato acadêmico científico. Já a transformamos num material mais didático de acesso rápido para qualquer pessoa, porém até o momento não obtivemos interesse de nenhuma empresa – editora - que quisesse publicá-lo, a pesar de saber que iria ajudar muitas pessoas, principalmente os surfistas.

EU A DOREI COISAS QUE APRENDI NELA SUBRE O SURF E SOBRE O VALOR DESSE CONHECIOMENTO SALVAMENTO. É UMA MONOGRAFIA QUE ESTIMULA A AQUISIÇÃO DE CONHECIMENTO ACHEI O OURO! VC PODE ESCREVER ALGUMAS PALAVRAS PARA A COMPREENSÃO DOS ALUNOS E PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA MELHORAR SOBRE A NECESSIDADE DE ESTUDAR SOBRE SALVAR ( AI PROFESSOR EU A DORO RIMAR!) ?
- Então!! Penso que, atualmente, o sujeito quando se forma como Profissional de Educação Física vai para o mercado de trabalho para fazer aquilo que muitos outros professores já estão fazendo, e há muito tempo. Alguns se dão conta que precisam se reciclar e com isso ampliar o conhecimento. Neste sentido está o salvamento aquático que além de ser uma ferramenta de cunho social fortíssimo, é também educadora, promove a melhora das capacidades coordenativas e condicionantes. Neste contexto o salvamento aquático é um importante instrumento que contribui para melhorar a força, a resistência, a velocidade e a flexibilidade, além da coordenação, agilidade e ritmo. A prática do salvamento aquático aumenta a capacidade vital, amplia a hipertrofia muscular, preveni a sarcopenia e dá a conhecer a melhora fisiológica geral tal como: a melhora da força e em conseqüência o aumento de ATP no músculo esquelético, melhora a hematose, aumenta o nível de hemoglobina no sangue, aumenta o número e tamanho das mitocôndrias no interior celular, melhorando com isso a fosforização oxidativa e o aumento da freqüência basal em repouso. Enfim, a prática do salvamento aquático promove a melhoria do sistema de controle biológico geral retardando a síndrome metabólica. O salvamento aquático é composto por dezenas de exercícios que melhoram o metabolismo humano, aprimorando o desempenho no trabalho e inclusive, fora dele, pois os conhecimentos e exercícios praticados permitem o melhor relacionamento interpessoal. Com todas estas ferramentas nas mãos os profissionais de Educação Física que trabalham com natação podem se tornar profissionais diferenciados no mercado de trabalho. A conseqüência disso é a sensível diminuição de acidentes e mortes por afogamento no Brasil, por intermédio da educação.

DEIXAR PESSOAS SE AFOGAREM FAZ PARTE DO ADORMECOIMENTO EM QUE VIVEMOS NA TERRA E PODEMOS ACORDAR OU PROFESSOR DESCULPE EU ME ALONGAR, MAS ESSE ASSUNTO CONHECER ESTUDAR É DE EMPOLGAR, PORÉM CONTINUE A NOS INFORMAR! VOCÊ JÁ SALVOU VIDAS?
- Talvez adormecimento seja a palavra mais adequada. O conhecimento de salvar vidas no meio áqueo foi por muitos anos, no Brasil, monopolizado e as pessoas passaram a relacionar este conhecimento com um grupo especial da sociedade, o qual chamamos de Guarda-Vidas. Neste contexto as pessoas deixaram adormecer o que está dentro de nós desde a concepção dos tempos que é o sentido de preservação. Não só a auto-preservação, mas a de nossos queridos e de terceiros, também. Com isso, penso, as pessoas passaram a ter medo de ajudar... outros em risco de afogamento, salvo o melhor juízo. Também, em nosso país há o problema cultural, ou seja, qualquer mapa do Brasil revela uma vasta extensão litorânea e uma complexa rede de rios, represas e lagos. Além disso, como um país tropical com uma nação navegante pode haver poucas pessoas que algum dia ou outro não esteve dentro ou na extremidade da água. Deste modo, não é surpreendente que haja várias fatalidades de afogamento. Nesta estrada já fiz centenas de socorros, uns mais graves e outros menos, mas graças a Deus até o momento nunca morreu qualquer pessoa por afogamento em minhas mãos.

PODE CONTAR UMA HISTÓRIA IMPRESSIONANTE? SUA E DE OUTRAS PESSOAS QUE JÁ SALVARAM AFOGADOS ?
- Tenho em minha carreira profissional diversas ocorrências que demorariam dias para relatar, mas gostaria de nessa oportunidade homenagear um colega Guarda-Vidas já falecido, descrevendo a sua história. O seu nome Jorge e sua alcunha Came Back Love.
Por: jorge Came Back Love.
Era verão, porém não lembro a data nem ano. A praia estava extremamente cheia de banhistas, o mar estava agitadíssimo, de ressaca. Éramos somente eu e o Aleixo de serviço de Guarda-Vidas no Posto 12, Leblon, Rio de Janeiro.
Já eram aproximadamente 17h00min. Naquele dia e àquela hora, nos já havíamos feito muitos socorros. Mas no alto verão do Rio de Janeiro 17h00min parecia como o meio dia de tão cheia de pessoas estava à praia. Nós prestávamos atenção no mar quando desceu pela Avenida Niemayer um automóvel em velocidade e parou próximo onde estávamos e gritou: Salva-Vidas! Tem um cara se afogando lá próximo às pedras, depois do pontal do Leblon. Rapidamente, me propus a fazer o socorro!
Comecei a subir a Avenida Niemayer correndo e ao passar pelo pontal, hoje Mirante do Leblon, observei que, realmente, havia uma pessoa se batendo e tentando subir nas pedras. Talvez ele fosse um pescador, mas naquele momento ele era um afogado e alguém tinha que fazer alguma coisa.
Ao observar a situação do mar e também do afogado, solicitei a um carro que passava para parar no posto do Leblon e dizer ao Guarda-Vidas, o Aleixo, que solicitasse com urgência o helicóptero por auxílio. E, rapidamente comecei a descer as pedras para socorrer o camarada. Se voltasse correndo ao Posto 12 para então solicitar o helicóptero para auxiliar certamente à vítima já teria morrido por afogamento.
Descendo então pelas pedras, com total atenção no mar e nas ondas. Foi quando uma daquelas ondas enormes explodiu e subiu as pedras. Mergulhei e nadei o mais rápido possível até onde estava a vítima. Agarrei o afogado e comecei a rebocá-lo para o mais longe possível do costão, pedindo-lhe que me ajudasse batendo as pernas o mais forte que ele pudesse.
E, assim ele fez! Estávamos há algumas dezenas de metros do costão quando veio o helicóptero e nos resgatou com o puçá, deixando-nos com toda segurança na areia da Praia do Leblon.
Lembro-me que quando estava lá no alto dentro do puçá e olhei para baixo, as imediações da Avenida Niemayer estava totalmente parada enquanto o público que ali estava aplaudia o sucesso do resgate. Depois de todo o ocorrido na praia me passaram a chamar de Guarda-Vidas Kamikaze.
A história que acabaram de ler foi removida do site Salvamentoaquatico.com que eu possuía na internet, mas por situações adversas o encerrei. Porém, nesta oportunidade gostaria de recomendar aos leitores que visitem o Saudedoser.com.br, pois nele se encontraram histórias extraordinárias sobre a questão do afogamento, como foi o caso ocorrido com a Dra. Angela Sampaio.

PRA QUEM SERVE ESSE CURSO DE SALVAMENTO AQUÁTICO?
- Em mais de vinte anos atuando como instrutor do curso de Guarda-Vidas profissional e deste modo me envolvendo em vários projetos destinados a população, minha prática e visão profissional foram sofrendo modificações. No início, estava centrada no referencial da vivência do desenvolvimento locomotor, e com o passar do tempo voltei-me para uma perspectiva educacional, preocupado em transportar ao ensino de graduação superior, o estudo e o conhecimento do salvamento aquático. O curso de salvamento aquático, neste sentido, é uma importante ferramenta que amplia o conhecimento humano em relação à cultura preventiva, portanto contribui para salvar vidas. Ele é destinado para todo cidadão de bem que vê nesta área do conhecimento algo que pode lhe ser útil.

NESSE CURSO APRENDE-SE RESSUSCITAÇÃO CÁRDIO PULMONAR?
- Com certeza! Estudos apontam que programas de DEA e RCP para socorristas leigos aumentam a taxa de sobrevivência de 49% a 74%, decorrentes de PCS com FV testemunhada. Portanto, esses programas mostram a importância de ministrar treinamento a socorristas leigos e de introduzir sistemas de respostas planejadas e práticas.

É FÁCIL ORGANIZAR UM CURSO DESSE? QUAL A PARTE MAIS DIFÍCIL? COMO AS PESSOAS QUE SINTAM QUE ESSE CURSO É ÚTIL IMPORTANTE PODEM AJUDAR NESSA REALIZAÇÃO?
- Realmente organizar um curso de salvamento aquático ou de RCP Aplicada por Leigos Treinados em Adultos, Crianças e Lactantes requer planejamento. Vários fatores estão envolvidos desde a captação de recursos, principalmente de empresas que querem ajudar e com isso se beneficiarem do marketing gratuito ou obterem uma forma de receberem algum desconto nas tarifas governamentais, até a conclusão por meio da certificação. Neste contexto, penso que o mais difícil é congregar as empresas e as pessoas que estejam dispostas a cooperar. Este trabalho é importantíssimo, pois além de ter alto valor social, contribui para melhorar a saúde e a qualidade de vida, dos praticantes da arte de salvar vidas. Penso que todas as empresas deveriam observar melhor o potencial destes cursos, não só em relação à propaganda que este trabalho fornece afinal quem não gostaria um dia de vestir a camiseta do herói das praias, o Guarda-Vidas. Mas, muito mais do que isso, pois mediante os cursos de salvamento aquático ensinamos ao cidadão, indivíduo responsável, um dos mais desafiantes trabalhos existente e que poucas posições abrangem que é guardar, proteger e salvar vidas humanas.

PROFESSOR VOCÊ ESTÁ FELIZ?
- Bom!! Levando em consideração o local de onde vim e o que possuo agora. Considerando-se que a pesar dos problemas sócio-econômico adquiridos por viver numa cidade cosmopolita e ao mesmo tempo pensar que os que vivem uma vida simplória também têm os seus problemas e administra-os, sou feliz, mas pode ser melhor.

PODE PASSAR UMA MENSAGEM SOBRE A SUA FELICIDADE E SOBRE A SUA RECEITA DE COMO FAZER A VIDA FUNCIONAR PORQUE ENSINAR A SALVAR É O QUE HÁ E ESTIMULAR A ESTUDAR É O QUE MAIS VALOROSO HÁ.
- Penso que não há receita, mas faço todas as minhas obrigações com amor e talvez neste sentido obtenha o foco que todos procuram que é a felicidade. A minha filosofia é que ensinado as pessoas comuns sobre como reconhecer, prevenir e agir diante do afogamento, conseguiremos diminuir os altos índices de mortalidade por este tipo de ocorrência no Brasil e também no mundo. Se esta filosofia for boa, o que acredito que ela é, outras pessoas me seguirão e com isso alcançaremos o nosso objetivo.
Pois, assim disse Sócrates a Críton: “ ...não te preocupes com que sejam bons ou maus os mestres de filosofia. Esforça-te por examiná-la bem e sinceramente; se for má, procura arredar dela os homens, mas se for boa o que acredito que ela é, segue-a, e serve-a e regozija-te”

PARABÉNS PROFESSOR TÔ FELIZ QUE VOU SER SUA ALUNA, JÁ SOU JÁ TÔ APRENDENDO UM MONTE COM VC E ESPERO NÃO PRECISAR USAR ESSE CONHECIMENTO MAS SE USAR NUM VOU VACILAR NEM DEPOIS ME CONDENAR POR NÃO SABER ATUAR SE UM IRMÃO PRECISAR QUE BOM QUE DEZEMBRO JÁ VAI CHEGAR!
Obrigado a você, Angela, pela oportunidade. O Brasil lhe agradece.
Um Grande Abraço.

"SOCORRISMO ACUÁTICO PROFESIONAL: Formación para la prevención y la intervención ante accidentes en el medio acuático."

“Formación, preparación y organización para tener éxito en Socorrismo Acuático”

En Socorrismo Acuático es imprescindible una FORMACIÓN inicial para garantizar el desempeño de las funciones propias del socorrista acuático. Esta formación inicial es el punto de partida para desempeñar con garantías una profesión relacionada con la salud y la vida.

Además, en Socorrismo Acuático es imprescindible tener PREPARACIÓN, y para conseguirla hay que estar actualizados permanentemente en técnicas y protocolos.

Y, por supuesto, una de las claves del éxito en Socorrismo Acuático es la ORGANIZACIÓN, ya que sin ella muy poco se puede conseguir en una labor profesional con el principal cometido de prevenir accidentes y, si es necesario, intervenir para salvar vidas.

Convencidos de la certeza de las tres frases anteriores, este libro nace con tres propósitos iniciales:
- Contribuir a la formación inicial de los futuros profesionales del socorrismo acuático.
- Contribuir a la preparación permanente de los profesionales del socorrismo acuático, que deben tener la actitud profesional que les provoque el deseo de estar actualizados en sus conocimientos.
- Contribuir a divulgar la trascendencia y necesidad de organizar los servicios de socorrismo siguiendo parámetros que hayan demostrado evidencia y eficacia, rechazando criterios basados en opiniones personales y/o económicas, tan frecuentes y, en ocasiones, únicos.

Para conseguir estos propósitos, en el libro se tratan temas tan interesantes como el concepto, los objetivos y los límites del socorrismo acuático; una completa reseña histórica; datos y estadísticas de interés en socorrismo; el socorrista acuático profesional y su formación; las diferencias entre deporte y profesión en salvamento y socorrismo; la prevención de accidentes acuáticos y ahogamientos a través de la educación, de la información y de los recursos en socorrismo; la prevención en actividades y programas acuáticos; la vigilancia; la secuencia de actuación ante rescates acuáticos; las técnicas para entrar al agua; las técnicas de nado adaptadas; el buceo; las técnicas de control y zafaduras; las técnicas de traslado de accidentados en el medio acuático; las técnicas de traslado de accidentados en el medio acuático con material de rescate; las técnicas para la extracción de accidentados en el medio acuático; la intervención prehospitalaria ante posibles lesionados medulares en el medio acuático; los espacios acuáticos y sus características y diferencias de interés en el socorrismo acuático. Además, como novedades en este tipo de publicaciones se incluyen los temas de la Bandera Azul y su repercusión en los servicios de socorrismo, la comunicación aplicada a situaciones de prevención de riesgos y legislación relacionada con socorrismo acuático.

Esta publicación cumple, por tanto, con todas las posibilidades de aplicación en la formación de profesores, así como de socorristas profesionales, bomberos, protección civil, cuerpos de emergencias y cualquier otro colectivo relacionado con la prevención de accidentes y la intervención ante accidentados en el medio acuático.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Salva-Vida

Música de: Caetano Veloso

Místico pôr-do-sol no mar da Bahia
E eu já não tenho medo de me afogar
Conheço um moço lindo que é salva-vida
Vida
Um da turma legal do Salvamar
Que é fera
Na doçura, na força e na graça
Ai, ai
Quem dera
Que eu também pertencera a essa raça
Salva-vida
Onda nova
Nova vida
Vem do novo mar
Sólido simples vindo ele vem bem Jorge
Límpido movimento me faz pensar
Que profissão bonita pra um homem jovem
Jovem
Amar de mesmo a gente, a água e areia
No dia
Da Rainha das Águas
Do presente
Ai, ai
Luzia
A firmeza dourada
Dessa gente

segunda-feira, 21 de julho de 2008

NUNCA ESTIVE NUMA SITUAÇÃO COMO AQUELA

Por: Gelson Junior - Cabo Frio RJ

Chamo-me Gelson e sou Guarda-Vidas de Cabo Frio, Região dos Lagos, Estado do Rio de Janeiro. Normalmente, os GVs de Cabo Frio não têm postos fixos, assim constantemente estamos oferecendo segurança aos banhistas em praias e postos variados.
Certo dia estava em meu posto quando avistei (6) seis pessoas em uma Corrente de Retorno (RN) precisando de ajuda, se afogando, eram três moças e três rapazes. Corri e nadei até aos afogados o mais rápido que pude.
Quando cheguei até eles, me dei conta que estava somente com uma nadadeira, mas contando com o meu excelente preparo físico e experiência em outros socorros, agarrei duas das três moças de uma só vez, com uma das mãos, as duas moças mais leves e com a outra a mais pesada.
Hora fazia pernada de water polo, hora pernada de peito e hora ainda, pernada de crawl. Vale lembrar que nunca estive numa situação como aquela: (sozinho e com seis pessoas precisando de ajuda imediata).
Enquanto fazia de tudo para manter as três afogadas sobre a água, os outros três rapazes iam sendo levados pela Corrente de Retorno, quando me dei conta e olhei para a praia, todos estavam de pé assistindo o que se passava. - Alguém poderia ter tido, não digo nem coragem, mas o lampejo de pelo menos jogar uma bóia ou uma prancha ou mesmo uma bola para os rapazes que estavam em apuros.
Por sorte, certo amigo passa na areia da praia, naquele momento, com sua prancha e viu o que estava ocorrendo. Ele entrou no mar e deu a sua prancha para servir de apoio para os três rapazes que estavam passando o maior sufoco, talvez o maior da vida deles.
Foi o tempo necessário para tirar as moças da Corrente de Retorno, com a ajuda do próprio mar, que por hora se apresentava como algoz, mas agora como ajudante, chegarmos à areia. Elas, graças, não precisavam de 1ºs socorros imediatos.
Ao chegar à areia voltei imediatamente para dentro d’água para prosseguir na minha missão de “Salvar Vidas Humanas”, pois ainda restavam três pessoas no mar e precisavam de meu auxílio. Conclusão: Graças a Deus!
Deus mais uma vez esteve comigo e acredito não somente comigo, mas com todos aqueles que se dedicam no árduo serviço de salvar vidas. Deus como sempre, estará comigo. Naquele dia eu estava com apenas uma nadadeira e, graças não houve fatalidades, mas uma coisa muito importante é trabalhar sempre bem equipado.
Aqui fica a história e a advertência de um Guarda-Vidas com vários anos de experiência, trabalhe sempre equipado, pois você nunca sabe o que te aguarda em um dia de trabalho...
Você, que leu este relato, quando estiver passando por aqui na Praia do Forte, (Cabo Frio – RJ) aproveite para dar uma paradinha e treinarmos um pouco.
Aloha!!

BRINCADEIRA NA BEIRA DO RIO

Por: GUEDES, Maria Zenaide


Quando pequena eu morava em Belém do Pará. Minha família ia passar férias numa casa defronte do Rio Afuá, o qual fica cerca de duas horas de barco de Macapá-AP. Nesse ano, o rio estava com a maré bem baixa. Eu tinha uns nove anos de idade e brincava sempre no trapiche na beira do rio, um tipo de píer usado para as embarcações retirarem seus produtos, peixes, legumes, verduras e frutas. Sempre corra para lá a fim de ganhar algumas frutas.
Estava no trapiche brincando quando uma amiguinha minha ficou me pedindo uma mordida do jambo delicioso que havia ganhado do barqueiro. Mostrei a ela o caboclo que carregava os jambos, mas ela ficou com vergonha de pedir e insistia em me atazanar. Aí falei que a jogava no rio se ela me enchesse mais a minha paciência. Ela dizia que duvidava que conseguisse. Eu respondia que sim e ela não acreditava. Terminei de comer e ela me caçoava dizendo "duvido, duvido" e corria. Ia atrás, mas não tinha a intenção de empurrá-la, pois a queda do trapiche na a água seria bem mais alta que nós duas juntas.
Ela insistiu tanto que a empurrei. Quando olhei, ela afundou, botava o pé no fundo e subia, fazendo isso várias vezes. Eu falava para ela se agarrar no tronco, num dos pilares do trapiche, mas ela não saía do lugar. Desci pelo tronco até cair na água. Coloquei-a nas minhas costas e a carreguei até a beira do rio. Ela não sabia nadar, então por que ficava me implicando? Meu pai me viu trazendo-a nas costas e me deixou de castigo por dois dias sem sair de casa. Nos dois dias enclausurados em casa, ela passava pela janela e me dava um jambo escondido.
Mais de vinte anos se passaram e já estava casada, já tinha até um filho com a mesma idade que a gente, na época. Ela confessou nesse encontro que aprendera a nadar e me agradeceu o "empurrãozinho". Hoje, moro no Rio e já tenho uma outra filha de 21 anos. Soube então, no início deste ano, que a Júlia, minha amiguinha, havia morrido afogada, vítima de uma embarcação superlotada que afundara à noite a caminho de Amapá. Que Deus a tenha!

terça-feira, 15 de julho de 2008

VIRADA DE ANO EM TRINDADE

Por: Felipe Sé

Olá galera do Salvamento Aquático,
Era 30 de dezembro de 1998, eu estava em Trindade, último vilarejo do litoral carioca, surfando de peito com uns amigos na Praia Grande, quando um surfista entrou no mar no quebra-côco. O mar estava com altas ondas.
As séries vinham com uns 6 a 8 pés e a correnteza puxava muito. O surfista descuidado entrou afobado bem na frente da arrebentação, quando uma série monstra chegou. A rainha tinha uns dois metros e meio e quebrou bem em cima dele. Eu dropei a seguinte e vi o carinha se recompondo sobre a prancha e tomando mais uma. Perguntei-lhe se estava bem, mas seu olhar foi privatório. - Como é que esse cara aí, só de peito vai me ajudar? Imaginou ele. E sua resposta foi que estava bem. E tomou mais uma na cabeça.
Na 4ª onda ele se livrou do slash e largou a prancha quando atravessava a massa d´água. A prancha passou voada e veio parar perto de mim. Meu amigo resgatou a prancha dele e eu esperei ele emergir. Uma outra onda já estava de pé quando ele surgir, atônito e batendo os braços desesperado. Peguei uma onda e cai quase em cima dele. Ainda debaixo d´água procurei por ele e o puxei junto comigo. Ele se agarrou em mim e não falava nada, quando perguntei se estava bem.
Ele grudou no meu pescoço e aí dei um soco na barriga dele para ver se ele se ligava no que estava fazendo. - Qualé? Quer me levar junto contigo! Mandei ele ficar calmo e mergulhar quando eu falar. Nós mergulhamos depois que uma onda enorme estourou e conseguimos passar. O mar se acalmou um pouco e aí puxei ele em direção à sua prancha. Ele subiu na prancha e descansou um pouco. Passei-lhe um sermão necessário. Ele nunca podia ter entrado onde entrou, mas me confessou que surfava há pouco tempo. Foi aí que eu descasquei um sermão maior ainda em cima dele. - Pô, mano! Vai namorar! Que esse negócio de surfe não vai dar pra você agora, não! Reboquei a prancha com ele em cima até vir uma onda pequena e o impulsionei em direção à beira. - Sai do mar e deixa de ser teimoso! - Disse-lhe como despedida.
À noite, num barzinho, ele se aproximou e me apresentou à sua namorada. Ele me chamou no canto e me agradeceu pelo esporro e que agi certo, pois não tinha condições de se livrar sozinho e que foi o orgulho que o impediu de pedir ajuda. Conversamos bastante e dei-lhe bons toques. Grato, apresentou-me às amigas da sua namorada. Uhu! No dia seguinte, pegamos umas ondas de peito e ainda virei o ano com uma namorada nova e um novo amigo!

CAIAQUE À DERIVA.

Por: GUAIANO, Osni Pinto

Naquela época, eu trabalhava no Grupamento Marítimo da Barra da Tijuca e fui convocado para uma escala extra no Gmar - 0 , Botafogo. Iria trabalhar como Guarda-Vidas em uma lancha, patrulhando o litoral, de Copacabana à Barra da Tijuca. Apresentei-me em Botafogo, mas a embarcação não saiu do encoradouro, pois o mar estava de ressaca, impossibilitando qualquer embarcação pequena de sair da boca da Baia de Guanabara. Fui dispensado!
Eu tinha aproximadamente 28 anos de idade e era um tarado por ondas grandes. Após ser dispensado, fui direto para a Barra da Tijuca. Lá chegando, o mar estava de Leste para Sul e peguei grandes e boas ondas em frente ao Apart Hotel Barra Leme. Ao chegar na areia e entrar no Gmar da Barra, certo cidadão entrou no quartel apavorado solicitando ajuda. "Tem um cara no maior sufoco, atrás da linha de arrebentação. Ele esta à deriva entre a Praia de São Conrado e o Costa Azul!"
Naquela área só havia costão ou costeira como muitos chamam (pedras). Nesta área não tem sequer um pedacinho de areia para contar história; e mais, o mar estava de ressaca. Enorme!
Na época, o responsável pela Barra da Tijuca solicitou que eu e um outro Guarda-Vidas, fôssemos executar o resgate. O rapaz levou-nos em seu carro e lá chegando, observei que há mais ou menos trezentos metros do costão daquela área, havia uma pessoa seguro há alguma coisa e quando a ondulação da série passava, afundava, sumia e repentinamente aparecia novamente.
Pequei um só pé de nadadeiras e fui logo descendo pelas pedras, enquanto meu colega de trabalho solicitava mais ajuda. Os pescadores que ali estavam observando o que ocorria, gritavam: "Por favor garoto, não vai não. Você não vai conseguir entrar no mar, está muito grande e perigoso. Você vai morrer!!!" Mas, alguém tinha que fazer alguma coisa, afinal, era uma vida que precisava ser salva! As ondas batiam contra as pedras e explodiam como dinamite. Procurei o melhor local e me posicionei para me resguardar das ondas. Já com a nadadeira no pé, quando deu o primeiro jazigo.
Pronto!!!!! Lancei-me no mar, mergulhei o mais fundo e fui o mais longe que meus pulmões podiam aquentar. Voltei à tona! Respirei e mais uma vez mergulhei o mais fundo e o mais longe que podia. Consegui! Atravessei a zona de impacto das ondas e nadei até onde estava o afogado. Era um rapaz, desesperado! - Calma amigão! Sou Guarda-Vidas e estou aqui para lhe ajudar, fique tranqüilo, lhe disse.
Ele estava se segurando na extremidade de num kaiaque, o qual encheu-se de água, quando ele tentou vencer a linha de arrebentação, zona de impacto das ondas, na praia de São Conrado, ficando a deriva e a mercê do mar bravio, e da correnteza. Alguns minutos depois estava sobrevoando, acima de nós, um helicóptero de cor branca, como uma grande cruz vermelha. Sabia que não era nosso Águia. Logo chegou o nosso fiel Águia e dele pulou um Guarda-Vidas para me ajudar, para nos tirar daquela situação perigosíssima.
Para minha surpresa, o Guarda-Vidas que havia pulado ao mar era meu antigo instrutor e amigo Alencar, Bichinho Danadinho, que ao longo de alguns meses dividiu seu conhecimento com a 1ª Turma de Guarda-Vidas, do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. Uma fera dos mares! Logo lançaram do Águia o puçá e nos tiraram daquela situação, colocando-nos em lugar seguro.
Dali de cima me dei conta de que o Elevado estava totalmente parado, nos dois sentidos, e todas aquelas pessoas haviam saído de seus carros para acompanhar o resgate. Elas aplaudiam e gritavam palavras elogiosas. Foi fantástico.
Depois de todo o ocorrido, o Alencar voltou ao Águia e eu voltei à Barra para pegar mais ondas. Afinal, o rapaz estava a salvo e ileso. Porém, uma coisa não podia entender: que tamanha imprudência daquele jovem. Mesmo vendo as condições desfavoráveis do mar, por simples devaneio, por pouco não perdeu a sua vida.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

MANUAL DE TREINAMENTO EM NATAÇÃO DE RESGATE, SALVAMENTO AQUÁTICO E SOCORRISMO

VOLUME 1
Autor: GUAIANO, Osni Pinto

INTRODUÇÃO

Vivemos num Planeta áqüeo no qual a Natação de Resgate vem se tornando a principal fronteira no campo da investigação, desenvolvimento e inovação em salvamento e socorrismo. Neste contexto, o impacto do afogamento no setor saúde pode ser estudado por várias fontes, mas nenhuma delas totalmente completa e correta. A gravidade do problema não está só na alta mortalidade que produz. É importante considerar que para cada caso mortal relacionado com o afogamento, há número bem maior de resgates com lesões em graus variáveis.

Este trabalho tem como meta unir forças e não somente ampliar o conhecimento, mas também expandi-lo entre a Sociedade. Com isso, colaborar para prevenir e diminuir do alto índice de acidentes e mortes por afogamento. Dentre os objetivos deste trabalho está a atualização profissional e educacional, para deste modo ampliar a prevenção do afogamento e assim diminuir o número de acidentes no meio aquático. Portanto, aperfeiçoar a saúde e a qualidade de vida. Porque, o cidadão atualizado pelo processo de educação poderá vir a desenvolver cultura na sociedade e assim, contribuir para o controle do afogamento.

O objetivo deste manual é divulgar a natação de resgate e com isso indicar o que existe de mais moderno sobre o assunto em outros países, mas que no Brasil é inédito. Ele resume a nossa preocupação com a questão do afogamento, pois em relação à prevenção deste tipo de ocorrência está correto dizer que ainda somos minoria no Brasil.

A proposta é apresentar temas, conteúdos e habilidades necessárias para incrementar as aulas de natação e assim, ampliar a informação sobre a prevenção e o salvamento de vidas humanas na água। Assim, neste primeiro volume, buscamos estabelecer e divulgar quatro modalidades do salvamento aquático, as quais têm grande abrangência em países como Austrália, Espanha, África do Sul, Portugal, Itália, Japão e muitos outros. Queremos com isso evoluir em relação a conceitos de prevenção de acidentes aquáticos, mediante a natação de resgate, o que pensamos ser importante veículo educacional, que poderá suscitar futuras e significativas investigações e constatações.A natação de resgate é uma ferramenta de cunho social fortíssimo, educadora, promove a melhora das capacidades coordenativas e condicionantes, aumenta a capacidade vital, amplia a hipertrofia muscular, preveni a sarcopenia, melhorando deste modo à fisiológica geral humana. Além disso, a natação de resgate promove o desenvolvimento do sistema de controle biológico geral retardando a síndrome metabólica.

A natação de resgate é composta por dezenas de exercícios que melhoram o metabolismo humano, aprimorando o desempenho no trabalho e inclusive, fora dele, pois os conhecimentos e exercícios praticados permitem o melhor relacionamento interpessoal।

O termo natação de resgate tem outras aceitações, as quais são entendidas no âmbito profissional, humanitário, educativo e desportivo, e cada vez mais são estudadas e analisadas pela sociedade do conhecimento.Queremos, por meio deste singelo manual, manifestar ações de controle do afogamento e com isso, atrair maior número de jovens, encorajar e desenvolver técnicas de salvamento e socorrismo, além de manter e melhorar a imagem do resgate no meio aquático no Brasil.

A natação de resgate, o salvamento e o socorrismo surgem como propostas plenamente vinculadas à educação e, sobretudo a educação para a vida, a formação de cidadãos em geral e a educação para a saúde em particular।Supomos que pela natação de resgate podemos aperfeiçoar o indivíduo, assegurando-lhe diversão e formação. Enfim, cabe a nós, cidadãos de bem, não esmorecer. Trabalhar duro, não desistir de divulgar meios de como reconhecer, prevenir e agir na presença do afogamento, pois isto é mais que necessário, é um dever cívico! Afinal, cidadania é se preocupar com o bem-estar de todos, é estar pronto para ajudar a todo momento, é promover a saúde e o espírito de colaboração.

1 EQUIPAMENTOS

1.1 Manequim de salvamento
O manequim é um equipamento para treinamento e competição em simulados de resgate e remoções (primeiros socorros). O manequim é fabricado no sistema de rotomoldagem. Confeccionado em polietileno atóxico de alta densidade e resistência. Sua cor predominante é o laranja, altura de entorno de um metro e peso de aproximadamente quatro quilos. Sua circunferência na base é de 90 cm, no meio 79,5 cm, nos ombros 47 cm e na cabeça 59 cm. Este equipamento é hermético e pode ser nivelado por meio de água (lastro).

Possui quatro entradas e saídas de água, que são projetadas por quatro peças especiais com roscas helicoidais, com função de abertura e fechamento. O manequim é acompanhado por uma bolsa de acondicionamento com alças e telas para a saída de líquidos.

Enfim, o manequim simula uma vítima inconsciente e é usado por profissionais e alunos nas mais variadas formas de salvamento e socorrismo।
1.2 Tubo de resgate
O Tubo de resgate foi projetado e construído para prática de natação de resgate e salvamento em geral. Ele possui 900 mm de comprimento e 140 mm de largura; tem 85 mm de espessura e pesa 0,685 kg; com capacidade de flutuabilidade de até 165 kg, pode ser encontrado nas cores vermelha, amarela e laranja.

O tubo de resgate é confeccionado em espuma de células fechadas obtidas a partir da expansão de uma mistura de polietileno de baixa densidade (PEBD) reticulado e etileno acetato de vinila moldada. Em uma extremidade, um cadarço de nylon de 2,5 cm de largura,com um mosquetão de alumínio e ou material resistente. Na outra extremidade, duas argolas que possibilitam o fechamento do salva vidas em tono do manequim (vítima), fazendo o papel de cinto.
Uma corda de polietileno bicolor, aproximadamente com 2600 mm de comprimento। A sua função é ligar o tubo de resgate a um suspensório feito com cadarço de nylon de 50 mm de largura, servindo para ser preso ao corpo do socorrista.

1.3 Nadadeira de salvamento
As nadadeiras são pecas indispensáveis para o desenvolvimento da pernada na natação de resgate. Elas fortalecem a musculatura das pernas. Desenvolvidas em borracha maleável e em design moderno e inovador, proporcionam o máximo em conforto, eficiência e durabilidade.

As nadadeiras, quando não estiverem sendo usadas, não devem ser deixadas ao sol ou calor intenso. Recomenda-se lavar as nadadeiras em água doce e corrente, após o uso e secá-las bem antes de guardar, fora da embalagem e em lugar arejado, seco e fresco.

1.4 Cinto ou suspensório de salvamento
O cinto ou suspensório de salvamento é desenvolvido em fita plana não rígida. Contém uma argola fixa de aço inoxidável e um fecho em nylon. A corda sintética, que acompanha o equipamento, possui uma mola mosquetão numa de suas extremidades. Tem cerca de 30 metros de comprimento e 5 mm de espessura.
Este conjunto destinado à natação de resgate não possui elementos capazes de provocar lesões.


2 NATAÇÃO DE RESGATE

2.1 50 metros – socorrista / INDIVIDUAL
Após o sinal acústico de saída o nadador de resgate mergulha, nada 25 metros estilo livre com nadadeiras e tubo de resgate, toca a parede de virada, prende o clip do tubo de resgate dentro da linha de 5 metros da parede, e nada até a chegada completando os 50 metros. O competidor pode recuperar sua(s) nadadeira(s), se caso as perder durante a prova.

O nadador de resgate não pode ser ajudado por qualquer elemento da piscina, por exemplo, demarcadores de área, corda, escadas e outros. Não pode atar o clip do tubo de resgate fora da linha dos 5 metros desde a parede de virada. Não pode tocar a parede de chegada sem que o tubo de resgate tenha o clip enganchado. Não pode deixar de tocar a parede na virada.
2.1.1 Equipamentos
Nadadeiras e tubo de resgate.

2.2 Revezamento 4 x 25 metros - arraste do manequim
Esta modalidade é realizada por quatro nadadores de resgate que se revezam entre si durante o reboque do manequim, aproximadamente 25 metros cada um. O início se dá com o nadador de resgate dentro d’água. Seguro ao manequim de salvamento com uma das mãos e, com a outra mão, seguro a parede ou bloco de saída da piscina. Durante toda a duração desta modalidade a face do manequim deverá ser mantida fora d’água. Após o sinal acústico de saída o nadador de resgate reboca aproximadamente 25 metros, toca a parede e passa o manequim ao segundo nadador e assim sucessivamente até o quarto nadador, o qual finalizará a prova.

O nadador que está rebocando não pode soltar o manequim até que o seguinte nadador o tenha agarrado. Todos os nadadores de resgate deverão esperar a chegada do manequim com uma das mãos na borda e mantê-la segura durante o recebimento do manequim.

O nadador de resgate não pode afundar a face do manequim na água durante o trajeto ou troca. Não pode ser ajudado por qualquer elemento da piscina, por exemplo, os demarcadores de áreas, escadas e outros. Não pode soltar o manequim antes de efetuar a troca. Não pode soltar o manequim antes de tocar a parede de chegada. Não pode deixar de tocar a parede de virada.

2.2.1 Equipamento
Manequim de resgate

2.3 Revezamento 4 x 25 metros - salvamento com tubo de resgate
Esta modalidade é realizada por quatro nadadores de resgate. O primeiro nadará 25 metros estilo livre sem nadadeiras. Após haver tocado a parede de virada, o segundo nadador mergulha na água e nada outros 25 metros estilo livre com nadadeiras e toca na parede oposta. O terceiro nadador nada outros 25 metros estilo livre, com tubo de resgate, toca a parede de virada e passa o tubo de resgate ao quarto e último nadador, que está com nadadeiras na água aguardando num dos lados da raia, com pelo menos uma das mãos na parede de virada. O terceiro nadador, fazendo então papel de vítima, agarrará o tubo de resgate com ambas as mãos. Desta maneira, será trasladado pelo quarto competidor que nadará estilo livre até a chegada. O terceiro nadador (vítima) poderá ajudar com batimentos de perna enquanto é trasladado. Não é permitido qualquer outro auxílio.

Após a saída, se o nadador perder sua(s) nadadeira(s), poderá continuar seu deslocamento. É permitido que recupere sua(s) nadadeira(s), mas não será permitido realizar nova saída em outra série. A pegada no tubo de resgate realizada pela vítima deve efetuar-se com as mãos no corpo do tubo de resgate e não na corda ou clip.

Não é permitido a qualquer nadador começar antes que o seu antecessor toque a parede. A “vítima” não pode auxiliar com movimentos dos braços. A “vitima” deve agarrar o tubo de resgate com as duas mãos antes de cruzar a linha de 5 metros da área de pegada e não depois. A “vítima” não pode perder o tubo de resgate após cruzar a linha de 5 metros. O nadador não pode realizar dois ou mais revezamentos na mesma modalidade, excluindo o terceiro nadador que atuará como vítima.

2.3.1 Equipamento
Tubo de resgate e nadadeiras.

2.4 50 metros - resgate com cintos ou suspensórios de salvamento
Esta modalidade é realizada por quatro competidores, dos quais um fará papel de vítima, um de nadador resgatista, que nadará 25 metros estilo livre atado a um cinto de salvamento e os dois outros socorristas puxarão os companheiros pelos suspensórios, 25 metros até a borda de chegada.Os dois participantes que se encontram na borda da piscina e que dispõem de área de atuação de três metros de comprimento por dois de largura (3 x 2), no prolongamento de sua raia de competição, podem utilizar calçado desportivo com solado antiderrapante.

O nadador que estiver participando como vítima ao sinal se posicionará dentro d’água e ficará de costas para a largada, seguro a borda da piscina com ambas as mãos.

Ao comando, o nadador de resgate que usará o cinto de salvamento se colocará de pé. Ao sinal de - preparados / nas suas marcas - se aparelhará e tomará lugar para a largada. Ao sinal de saída se lançará na água e nadará até a “vítima”, do outro lado da piscina, que de costas estará seguro a borda. O socorrista pegará a vítima pelas axilas e serão, ambos, rebocados pelos outros companheiros que permaneceram fora da piscina, mediante tração da corda atada ao cinto de salvamento. Ao chegarem, o nadador resgatista tem de tocar a parede com qualquer parte do corpo ou com pelo menos uma das mãos, seguro ao sujeito “afogado”.

A “vítima” não pode soltar da borda antes de ser resgatada. Os resgatistas que estão fora da piscina não podem sair da zona de tração. Não se pode soltar a vítima antes de tocar a borda de chegada. Caso durante o resgate a vítima se soltar o nadador resgatista tem que retornar para pegá-la. A “vítima” não pode nadar seja em qualquer momento da prova. O resgatista não pode trasladar a vítima com uma ou ambas as mãos na garganta, boca ou nariz da vítima.

2.4.1 Equipamento
Suspensórios de salvamento.

3 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
. Aquatic Rescue Sport Book of the International Life Saving Federation;
. Manual de Salvamento Acuático Deportivo de la Federación Española de Salvamento y Socorrismo;
. Manual de Salvamento Aquático Desportivo da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

MÁXIMA PERFORMANCE II

Por: CORRÊA, Vanessa Vichi Girotto
Nutricionista VITAFOR - nutricao@vitafor.com.br

A profissão de salva-vidas tem o intuito de vencer a si próprio para salvar o próximo.
A principal contribuição das proteínas dietéticas consiste em fornecer aminoácidos para os vários processos anabólicos. O corpo necessita de 20 aminoácidos diferentes, sendo alguns “não-essenciais” (produzidos pelo próprio organismo) e os restantes “essenciais” (como não são sintetizados pelo organismo), têm de ser obtido através da alimentação e suplementação; são aminoácidos essenciais: valina, leucina, isoleucina, fenilalanina, metionina,
treonina, lisina, triptofano e histidina.
Os aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA, do inglês: Branched Chain Amino Acids) são liberados pelo fígado durante a atividade motora; são eles os seguintes aminoácidos essenciais: valina, leucina e isoleucina encontrado no Amino For que compõe a formulação ideal dos Aminoácidos de Cadeia
Ramificada, oferecendo uma alta concentração de L-LEUCINA, L-ISOLEUCINA e L-VALINA para composição Muscular e Alto Desempenho Esportivo, assegurado pela TECNOLOGIA JAPONESA de fabricação dos melhores Aminoácidos do Mundo.
Com o esforço intenso, os aminoácidos de cadeia ramificada atingem, sobretudo, a musculatura exercitada, podendo substituir a glicose nas vias de energia.
Os aminoácidos de cadeia ramificada foram sugeridos como o terceiro combustível para a musculatura esquelética, após os carboidratos e as gorduras. Contudo, efeitos ergogênicos da sua suplementação não costumam ser verificados, particularmente quando comparados com os que ocorrem com a suplementação de carboidratos, uma escolha mais natural, quando a intenção é fornecer energia e poupar glicogênio.
Muitas funções são atribuídas aos aminoácidos de cadeia ramificada; dentre elas, é possível destacar o aumento da síntese de proteínas musculares e a redução da sua degradação, diminuição do tempo de recuperação após o exercício, aumento da resistência muscular, diminuição da fadiga muscular e preservação do glicogênio muscular. Estudos sugerem que a queda do desempenho possa estar vinculada à fadiga, a qual pode ocorrer por hipoglicemia e pelo aumento da serotonina, um neurotransmissor responsável pelas sensações de sonolência, devido ao aumento de captação do triptofano, um aminoácido precursor da serotonina. Nesse caso, a suplementação de aminoácidos de cadeia ramificada é válida, pois eles competem com o triptofano pelo mesmo sistema transportador.
São encontrados aminoácidos de cadeia ramificada em todas as fontes de proteína animal. Os produtos derivados do leite contêm grandes quantidades deles, mas, atualmente, a proteína isolada do soro do leite (Bio Protein) é uma das fontes mais ricas. As proteínas animais e o Bio Protein contêm, respectivamente, 15 e 30% de aminoácidos de cadeia ramificada.
A suplementação deve ser feita sob a orientação de um Nutricionista, pois somente este profissional sabe de certas peculiaridades de cada produto, como a seguinte curiosidade: pelo fato dos aminoácidos de cadeia ramificada estimular a produção de insulina e poder ocorrer remoção rápida da glicose circulante (causando queda da performance), é aconselhável evitar o consumo imediatamente antes do treino.
CONCLUSÃO: Com o Amino For o Salva Vidas tem uma rápida absorção e o aumento no tecido muscular.
Com o Bio Protein o Salva Vidas incrementa na nutrição os fatores de crescimento e aminoácidos necessários para manter uma alta concentração de massa muscular e otimização do sistema imune.

AMINO FOR + BIO PROTEIN= MÁXIMA PERFORMANCE

domingo, 15 de junho de 2008

Observe as informações que se seguem e acima de tudo, tenha mais segurança no banho de mar.

Por: GUAIANO, Osni Pinto

- Toda pessoa deve saber nadar. Todo nadador deve sabe salvar.
- Aprenda natação a partir de um ano de idade.
- O número anual de registros de socorros por afogamento no Brasil é de aproximadamente 1,3 milhões de casos. Por isso, muito cuidado, não somente no lazer no entorno aquático, mas também com os espertes aquáticos.
- Ao contrário do que imaginamos 65% das mortes por afogamento ocorrem em água doce: rios, piscinas, lagos, lagoas e represas. Por isso todo cuidado é pouco.
- Não perca de vista a criança que está sob sua responsabilidade.
- Todos os anos são numerosos os casos de pessoas que se envolvem em situações perigosas. Neste sentido, conhecer a praia é saber como aproveitá-la melhor, diminuindo com isso o risco de acidentes no banho de mar. As praias muitas vezes oferecem riscos imperceptíveis aos banhistas que podem causar acidentes, que muitas vezes podem ser fatais.
- As correntezas nas praias podem ser paralelas (Corrente Lateral) ou perpendiculares a areia (Corrente de Retorno). Essas correntes são depressões no fundo da areia do mar e podem ser bem fortes em dias em que as ondas estão mais volumosas. As Correntes de Retorno fluem para trás da arrebentação. Esses locais devem ser sumariamente evitados.
- Os famosos "buracos", pasme, não existem!!! O que existe são correntes laterais que desembocam na corrente de retorno, valas ou canais. Essas correntes laterais geralmente situam-se na beira da praia. Toda e qualquer praia apresenta o seguinte layout: corrente de retorno e banco de areia; corrente de retorno e banco de areia e assim sucessivamente.
- Pasme, mas a mesma onda que é gerada no oceano e vem para a costa tem como destino voltar para o oceano, através das correntes de retorno. São os famosos canais, utilizados por surfistas e bodyboarders do mundo inteiro. É através desses canais que esses esportistas são literalmente "aspirados" mar adentro, pois é o caminho de volta do volume da massa de água que veio originalmente para a costa. Lugares como estes devem ser evitados.
- Como as correntes de retorno costumam ser mais profundas há menos ondas (ou ondas menores) e menos espuma nestes locais. A falta do conhecer estes locais é que propicia o maior número de mortes por afogamentos nas praias. As pessoas, em sua ignorância, preferem entrar ali porque é onde o mar está “aparentemente mais calmo”. Essa informação é muito importante para uma pessoa nunca mais correr o risco de se afogar na corrente de retorno.
- Em lugares onde existe Corrente de Retorno a coloração da água é mais escura (tipo cor de caldo de cana) devido à profundidade do local e as ondas não quebram, dão a falsa impressão de águas calmas. PESSOAL!! PERIGO CORRENTEZA!!!
-Aliás, verdade seja dita: as pessoas se afogam mesmo por falta de conhecimento da geografia das praias.
Então vão mais dicas: 1) Aprenda a nadar. A final, vivemos num planeta aquático; 2) Não se desespere. Sempre solicite SOCORRO! 3) Caso na praia, você seja "aspirado" pelo mar, relaxe e deixe-o te levar. Se souber nadar, dirija-se para a areia locomovendo-se em diagonal e nunca em perpendicular. Se você não tiver domínio sobre o nadar, peça SOCORRO, mas não se desespere. O pior que pode acontecer é você ter que voltar boiando ou nadando um belo pedaço. Se for preciso, não se esqueça peça AJUDA!
- Por mais incrível que pareça, o lugar mais seguro para se nadar na praia é justamente onde rolam as maiores ondas e onde há o maior volume de espuma. Ali, é o lugar mais raso!
- Quando você diz: o mar está "puxando"!! Na verdade isso significa que você está na corrente lateral ou de retorno. Saia deste lugar rapidamente!!
- Evite tomar banho em cantos de pedra. Ali, há sempre uma corrente de retorno.
- Você sabia que com o boca-a-boca e a compressão cardíaca consegue-se salvar uma pessoa que se afogou até uma hora de submersão? Incrível, não é?
- Quanto maior for o tempo de submersão menor a chance de recuperação do indivíduo, mas o que de fato influencia na recuperação são fatores biológicos como metabolismo e preparo físico do indivíduo, além da temperatura da água.
- Se você estiver em uma embarcação. Não esqueça: use sempre o colete salva vidas.
- Situações de emergência em águas profundas tornam tudo mais difícil: desde reagir e chamar por socorro até a chegada do socorrista. No mar a profundidade da água é sempre um perigo, pois ao perder o apoio dos pés, passamos a depender de nossas habilidades em natação, ficamos muito mais expostos à ação das correntes e das ondas, sendo facilmente dominados por elas.
- Qualquer obstáculo presente na praia seja um píer, destroço, rocha submersa etc., representa um alvo contra o qual podemos nos chocar e nos ferir.
- A ação das ondas nas proximidades desses obstáculos escava o fundo e forma Correntes de Retorno mais fortes, em direção ao mar, tornando estas área ainda mais perigosas.
- A presença de desembocaduras de rios, lagos etc., apresenta uma ameaça para o banho, pois o encontro dessas embocaduras com o mar modifica as ondas, formam correntes e também o relevo torna imprevisível o perigo.
- Em desembocaduras de rios, lagos etc. tenha cuidado com embarcações, pois estes canais são geralmente zonas de tráfego intenso. Esses lugares devem ser evitados.
- Se no lugar onde você estiver tomando seu banho sentir alguma correnteza, esse lugar deve ser evitado.
- Observe o mar antes de entrar na água. Siga as orientações acima e se tiver alguma dúvida em relação ao lugar onde tomar seu banho, procure o Guarda-Vidas ou freqüentador habitual da praia.

“Evite acidentes! Respeite seus limites, respeitando a natureza e os profissionais que cuidam da prevenção de acidentes e da segurança na água.”

quarta-feira, 4 de junho de 2008

VITAFOR: MÁXIMA PERFORMANCE

Por: CORRÊA, Vanessa Vichi Girotto
Nutricionista VITAFOR - nutricao@vitafor.com.br


A profissão de Guardar Vidas é uma ocupação que exige um elevado desempenho físico, entretanto, se determinada substância exerce efeito sobre a composição corporal, possivelmente tal benefício afetaria seu desempenho.
O Termo Plus é um termogênico elaborado com ingredientes naturais que visa através da sua ação manter seu metabolismo acelerado, dando uma maior disposição e promovendo uma maior queima ao longo do dia, mesmo durante o descanso.
As proteínas do soro do leite (Bio Protein) apresentam um excelente perfil de aminoácidos, caracterizando-as como proteínas de alto valor biológico. Possuem peptídeos bioativos do soro, que conferem a essas proteínas diferentes propriedades funcionais. Os aminoácidos essenciais, com destaque para os de cadeia ramificada (leucina, isoleucina e valina), favorecem o anabolismo, assim como a redução do catabolismo protéico, favorecendo o ganho de força muscular e reduzindo a perda de massa muscular durante a perda de peso. O desempenho muscular é melhorado, pois eleva as concentrações de glutationa que é um antioxidante, diminuindo, assim, à ação dos agentes oxidantes nos músculos esqueléticos e exercem papel importante no controle da pressão sanguínea e como agente redutor do risco cardíaco.

CONCLUSÃO: Com Termo Plus o Guarda-Vidas tem mais energia, disposição, força e reflexo rápido para suas ações de grande solicitação energética.
Com o Bio Protein o Guarda-Vidas incrementa na nutrição os fatores de crescimento e aminoácidos necessários para manter uma alta concentração de massa muscular e otimização do sistema imune.


TERMOPLUS + BIOPROTEIN = MÁXIMA PERFORMANCE

quarta-feira, 28 de maio de 2008

1ª Reunión Internacional de Salvamento y Socorrismo Acuático Profesional “Skype”.

El día 20 de mayo de 2008 ha tenido lugar la primera reunión sobre Salvamento y Socorrismo haciendo uso de las nuevas tecnologías (Internet - “Programa Skype”) en la que han participado componentes de los países Brasil, México y España.

En esta reunión promovida por Osni Guaiano, componente del Grupo de Investigación de Actividades Acuáticas y Socorrismo (GIAAS), se han debatido diferentes temas de interés común, sobre los cuales se va a informar al Grupo de Investigación, para que se disponga de un conocimiento de lo tratado y se puedan aportar nuevas sugerencias e ideas.

A continuación se exponen las propuestas acordadas en la reunión de trabajo:

Creación de una Asociación Internacional de Salvamento Acuático.
· El objetivo es reunir en dicha asociación a profesores, investigadores y profesionales del Salvamento y Socorrismo, en principio, de países de América Latina, Portugal y España, para que de forma conjunta trabajen por intereses comunes en este campo. Responsables: José Palacios Aguilar (España) y Juan Manuel Cuevas Villalvazo (México).

Creación de una página Web y un logotipo del Grupo de Investigación de Actividades Acuáticas y Socorrismo de la Universidad de A Coruña.
· Crear un espacio con su propia identidad en el que todos los componentes del Grupo puedan comunicarse entre si y aportar sus trabajos e investigaciones. Responsables: Jose Arturo Blanco (España), Sergio López García (España) y David Pérez Vazquez (España).

Elaborar un Proyecto para la realización de una Conferencia Internacional sobre la Prevención de Ahogamientos en las Ciudades Cosmopolitas.
· La propuesta se centra en que los componentes del Grupo de Investigación puedan participar de manera conjunta en la elaboración de este proyecto, que será presentado al Banco de Brasil, entidad adjudicataria del mismo. La presentación del mismo ha de ser en un plazo máximo de 15 días. Responsable: Osni Guaiano (Brasil).

También se han debatido formas diferentes para conseguir hacer realidad la PREVENCIÓN de accidentes y ahogamientos, como la elaboración de material audiovisual dirigido a niños sobre los riesgos en el agua, los conocimientos que necesita el socorrista acuático acerca de condiciones climáticas y meteorológicas y la necesidad de un adecuado nivel de formación en todos los cursos de socorrismo acuático profesional.

Todos los componentes del Grupo de Investigación pueden dirigirse a cualquiera de estos primeros participantes para ampliar información y, por supuesto, para colaborar en cualquiera de las actividades iniciadas.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Resgate aquático e prevenção de afogamentos: nível de conhecimento em acadêmicos do curso de educação física-ufsc e professores de natação da grande..

Resgate aquático e prevenção de afogamentos: nível de conhecimento em acadêmicos do curso de educação física-ufsc e professores de natação da grande Florianópolis

REVISÃO DE LITERATURA

Por: JOSÉ, Rafael Manoel

Sabemos que Florianópolis é uma cidade voltada para o turismo, tendo como uma das suas principais atrações o vasto número de praias. Além disso, o número de freqüentadores de lagoas, cachoeiras e piscinas de clubes particulares também aumenta na temporada de verão. De acordo com Santos (1995, p. 06), o fluxo de turistas para os balneários catarinenses, dentre eles a Ilha de Santa Catarina, é cada vez maior.

Não só por esse grande fluxo de turistas e banhistas locais durante a temporada de verão, mas também por se manter nesta cidade tais atividades aquáticas, mesmo que em menores proporções, durante todo o ano, faz-se importante o ensino e aprendizado de técnicas de resgate e salvamento aquático, para os acadêmicos do curso de Educação Física, principalmente àqueles que virão a atuar na área aquática.

Tendo em vista os recursos que o Centro de Desportos oferece aos seus acadêmicos, ficam claras as vantagens que estes terão em abordar atividades que, por sua vez, poderão ser aplicadas fora da piscina, como o surfe e as técnicas de resgate e prevenção de afogamentos que aqui serão melhor abordadas.

Quanto ao surfe, em entrevista publicada na revista fluir, Victor Braga, professor de natação, demostra a importância em se utilizar a piscina para a realização de treinamento de surfistas, visando momentos críticos que estes podem enfrentar dentro da água. Ele desenvolveu e agora aplica a metodologia do Power Swim, recriando no treino as situações que os surfistas poderão vir a enfrentar no mar. (JÚNIOR, 2001, p. 114).

Victor demonstra também a importância em vivenciar a prática para a criação do seu método de treinamento, tendo não só o conhecimento da natação, mas também do surfe e dos problemas e situações que podem ser enfrentadas pelos surfistas durante a prática. Em seus treinos, ele demostra ainda a influencia do surfe sobre a musculatura, principalmente da coluna e dos ombros, deixando-as tensas, e fazendo com que o atleta perca um certo grau de flutuabilidade. Em contra partida, a natação, serviria para combater essa tensão muscular. Victor trabalha também, exercícios de apnéia e fortalecimento de articulações e deixa claro a importância da aliança entre a prática da natação com outras atividades aquáticas, nesse caso o surfe, tornando, como conseqüência, seus alunos salva vidas em potencial: “ Eu já ajudei a salvar no mar surfista muito bom. O cara que diz que pega as ondas lá fora, tem que ser versátil em todas as atividades aquáticas, um verdadeiro waterman”. (JÚNIOR, 2001, p. 114).

Quanto às técnicas de resgate e prevenção de afogamentos, de acordo com Santos (1995, p. 57), as maiores dificuldades em se trabalhar tal tema com Bombeiros Militares para atuação como Salva-Vidas durante o verão na Ilha de Santa Catarina, são com relação à adaptação ao meio líquido, falta de coordenação, respiração e, em alguns casos, não sabem o nado crawl.

O salvamento aquático, além do conhecimento dos procedimentos necessários, requer do indivíduo outras qualidades como: coragem, serenidade, imaginação pronta e viva, poupança de esforços exagerados, espírito organizador e boa condição física. (LOTUFO (s/d), apud NASCIMENTO, 1992, p. 03).

Para mostrar a importância em possuir os conhecimentos relacionados ao tema, também será enfocado o conhecimento do mesmo por parte de grupos de indivíduos diferentes dos Salva-Vidas profissionais, mas que praticam ou coordenam atividades relacionadas ao meio liquido। De acordo com Nascimento, em entrevista feita em sua monografia com um grupo de 50 surfistas, profissionais e amadores, na Ilha de Santa Catarina, tal grupo demostra a importância em saber lidar com situações de afogamento, afirmando até que salvam mais que os próprios salva vidas apesar de possuírem conhecimentos considerados insatisfatórios quanto ao assunto. (NASCIMENTO, 1992, p. IV).

Os procedimentos utilizados para o salvamento de vitimas de afogamento segundo Javis (1967), Thibault (1968), Lotufo (s/d) e Machado (1974) consistem em aproximação, desvencilhamento, transporte e primeiros socorros, que comumente envolve a técnica de reanimação de vítimas. (NASCIMENTO, 1992, p. 03).

Ainda em sua monografia Nascimento cita que, de acordo com Berlioux (1974, p.288), “todo nadador deve ser capaz de levar à terra firme qualquer pessoa cansada ou a ponto de afogar-se”. (BERLIOUX, 1974, p. 288, apud NASCIMENTO, 1992, p. 02).

Se dentro da Universidade Federal de Santa Catarina existem projetos de extensão que buscam desenvolver a capacidade da prática da natação não só de universitários mas da comunidade em geral, por que não ensinar também técnicas de resgate e prevenção de afogamentos?

Para o inicio do estudo sobre salvamento e resgate aquático, é primordial o conhecimento de alguns conceitos dentre eles, o de afogamento. De acordo com Oliveira, o afogamento é um tipo de acidente muito comum e, certamente, o maior problema relacionado com a água. O afogamento pode ser ocasionado por diversos motivos, tais como cãibras ou desmaios durante a prática de natação, etc. (OLIVEIRA, 2004, p.103). Sendo assim, visando uma maior formação pessoal e acadêmica dos profissionais que virão a atuar na área aquática, fica claro a importância em se abordar de uma forma mais detalhada, métodos de prevenção e resgate em casos de afogamento, muitas vezes seguidos de paradas cardíaca e respiratória.
Ainda de acordo com Oliveira,

Não tente fazer um salvamento na água, a menos que você tenha sido treinado para isso, seja um bom nadador e haja outras pessoas para ajudá-lo. Nunca tente fazer um salvamento na água sozinho ou sem recursos. Caso contrário, ao invés de ser uma pessoa que fará o salvamento, você provavelmente se tornará uma vítima. (OLIVEIRA, 2004, p.103).

O autor acima mencionado, trata de uma questão muito importante no que diz respeito ao salvamento feito por um indivíduo incapacitado, que não tenha treinamento e conhecimentos adequados para executar tal pratica. É por esse motivo, que deve ser dada ênfase ao aprendizado sobre as práticas em questão. Outros conceitos como o de ressuscitação cardio-pulmonar, parada cardíaca, parada respiratória, hipotermia, embolia, deverão ser inicialmente tratados.

O CFSVC (Curso de Formação de Salva-Vidas Civil), ministrado pelo Corpo de Bombeiros Militar, além de abordar técnicas de salvamento utilizando-se dos conceitos descritos acima, trata também das práticas de resgate e salvamento aquático. Este curso apresenta uma técnica de nado diferente das tradicionais (crawl, costas, peito e borboleta): o nado tesoura. Este nado consiste numa mesclagem entre o estilo “crawl”, e o estilo “peito”, sendo caracterizado pela posição lateral do corpo e com movimentos propulsivos de membros inferiores na forma de “tesouradas”.

Além do nado tesoura, outras técnicas relacionadas à natação são tratadas no curso como o nado “crawl polo”, que visa manter a coluna cervical em hiper extensão, mantendo o rosto do nadador fora da água, podendo assim observar a vítima a todo momento.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Mortalidade por afogamento no Estado de São Paulo e seus fatores intrínsecos

In: CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA & CONGRESSO MUNDIAL DE SAÚDE PÚBLICA, 8., 11., 2006, Rio de janeiro. Anais. Rio de Janeiro, agosto 2006.

Por: GUAIANO, Osni Pinto

RESUMO

O afogamento pode atingir o ser humano em qualquer idade, mas a infância e a adolescência são as fases de maior susceptibilidade, visto que quase 65% das mortes por afogamento no mundo acontecem entre 0 e 14 anos. O impacto do afogamento no setor saúde pode ser estudado por várias fontes, mas nenhuma delas totalmente completa e correta. A gravidade do problema não está só na alta mortalidade que produz. É importante considerar que para cada caso mortal relacionado com o afogamento, há número bem maior de resgates com lesões em graus variáveis. O objetivo deste trabalho é investigar os fatores que contribuem para o alto índice de mortes por afogamento no Estado de São Paulo. Com informações do banco de dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS), do Ministério da Saúde, Óbitos por Ocorrência por Região segundo Unidade da Federação, Causa - CID-BR-10: Afogamento e submersões acidentais, somamos as mortes por afogamento no Brasil entre 1996 e 2002 e constatamos que ocorreram cerca de 45,2 mil óbitos (17,94 óbitos/dia). As informações do DATASUS apontam que, no mesmo período, o Estado de São Paulo registrou cerca de 10,57 mil mortes por afogamento, ou seja, 54,46% do total de óbitos da Região Sudeste. Este fato dá ao Estado o 1º lugar no cenário nacional em relação à mortalidade por afogamento. Com subsídios do Salvamar Paulista - Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo - observamos que, de 1996 à 2002, ocorreram aproximadamente 1,4 mil mortes por afogamento no litoral de SP. Então onde estariam as 9,17 mil mortes relacionadas com o afogamento no Estado de São Paulo? Observamos que a população do interior cresce mais que a litorânea e este fato pode representar muitas mortes. Outro sinal é que o sistema público de segurança, do Estado e dos Municípios que o compõem, não está preparado para a grande demanda de banhistas e turistas que se beneficiam do lazer público e gratuito nos rios, represas, lagos e outros. Além disso, há deficiência de regulamentação e fiscalização, pertinente e adequada para atender ao interior do Estado. Outro problema, e ainda mais grave, é a carência da população por informações apropriadas que a conduza a prevenir e agir diante do afogamento. Esta sinopse dá a entender que fatores demográficos, político-sociais, educacionais e culturais têm contribuído para aumentar o número de mortes por afogamento no Estado de São Paulo.
Palavras-chave: AFOGAMENTO – MORTALIDADE - SAÚDE PÚBLICA

Fatores intrínsecos da educação física e ecoturismo na saúde e conservação ambiental

Trabalho de revisão entregue como requisito à avaliação parcial da disciplina de Lazer e Recreação II, ministrada pela Profª. Gabriela Toloi, no curso de Educação Física do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Paulista, Campos Bauru – SP, 2005.

Por: GUAIANO, Osni Pinto

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo investigar a relação da educação física com o ecoturismo e com isso, relatar seus fatores intrínsecos para o refinamento da saúde e da conservação ambiental. O meio ambiente e a conscientização ecológica têm contribuído para que inúmeras pessoas fujam do estresse e da rotina da modernidade. Neste sentido, o patrimônio ecológico brasileiro se amolda como fonte de conhecimento, educação e pesquisas afins. As experiências práticas diretas, nas áreas de preservação ambiental, cooperam para mobilizar fontes metabólicas e com isso eliminar os sintomas mais comuns do estresse urbano e assim, de maneira positiva, melhorar a saúde. Após análise documental, concluímos que o estudo do homem em movimento aliado ao controle e manutenção da qualidade do meio ambiente contribui para o bem-estar humano, assim como para o desenvolvimento sustentável da natureza.
PALAVRAS CHAVES: educação física // ecoturismo // saúde // conservação ambiental

sábado, 17 de maio de 2008

Natação de resgate: educação motora ou unicamente salvamento aquático?

Por: GUAIANO, Osni Pinto

A natação de resgate é uma atividade que apresenta um alto nível de complexidade. Ela torna mais apurada as qualidades físicas, técnicas e psicológicas do nadador comum. A natação de resgate procura a formação do homem, tendo em conta as suas dimensões (psicológicas, sociais, biológicas e motoras) e também a individualidade. Foi introduzida no Brasil pelo Comodoro Wilbert E. Longfellow, do Serviço de Salvamento da Cruz Vermelha Americana, em 1914. Com o slogan “Toda pessoa deve saber nadar e todo nadador deve saber salvar”, Longfellow, congrega voluntários para atuarem em postos de salvamento na Praia de Copacabana.

As habilidades realizadas ao se praticar a natação de resgate possibilitam desenvolver o conhecimento, além do espírito de colaboração e cultura humana, melhora a saúde e a qualidade de vida. Na prática, a natação de resgate é a evolução do conceito mais elementar de natação. A natação de resgate, além de ser um sistema de locomoção, permite a atuação imediata perante o afogamento, tirar ou livrar alguém que sofre perturbação da saúde por desconforto respiratório ou inundação do aparelho respiratório por líquidos não corporais, pode ser, inclusive, exercida não profissionalmente, ou seja, como ferramenta de educação.

No treinamento de natação de resgate e na tentativa de trasladar (rebocar) uma pessoa (vítima) para um lugar seguro (borda da piscina, barco, água mais rasa, etc..), o nadador desenvolve a capacidade de nadar por si mesmo e pela vítima, sacrificando, inclusive, o uso de um ou de ambos os membros superiores, enquanto mantém o rosto da vítima fora d’água. Neste sentido, o ato de “resgatar” uma pessoa a nado torna a natação de resgate uma experiência singular. Por quê? O nadar deixa de ser uma atividade solitária, promovendo com isso a sinestesia, caso que os nados crawl, peito, costas e golfinho não conseguem possibilitar; a complexidade do traslado exige do nadador desenvolver as capacidades coordenativas e condicionantes; é uma ferramenta de cunho social fortíssimo e também educadora. Neste contexto a natação de resgate é um importante instrumento que contribui para melhorar a força, a resistência, a velocidade e a flexibilidade, além da coordenação, agilidade e ritmo. A prática da natação de resgate aumenta a capacidade vital, amplia a hipertrofia muscular, preveni a sarcopenia e dá a conhecer a melhora fisiológica geral tal como: a melhora da força e em conseqüência o aumento de ATP no músculo esquelético, melhora a hematose, aumenta o nível de hemoglobina no sangue, aumenta o número e tamanho das mitocôndrias no interior celular, melhorando com isso a fosforização oxidativa e o aumento da freqüência basal em repouso. Enfim, a prática da natação de resgate promove a melhoria do sistema de controle biológico geral retardando a síndrome metabólica. A natação de resgate é composta por dezenas de exercícios que melhoram o metabolismo humano, aprimorando o desempenho no trabalho e inclusive, fora dele, pois os conhecimentos e exercícios praticados permitem o melhor relacionamento interpessoal.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

El Nadador de Rescate

Por: GONZÁLEZ, Pablo Vázquez

El Nadador de rescate es un profesional dentro del ámbito de las emergencias que se caracteriza por realizar su trabajo en ambientes acuáticos hostiles.

En nuestro país es poco conocido este tipo de trabajo, debido al escaso número de personas que desempeñan esta labor profesional (si lo comparamos con otros
cuerpos de rescate como pueden ser los bomberos, socorristas, etc). Además, parra realizar este trabajo se necesita un medio aéreo de transporte (helicóptero) y la coordinación con otros miembros del equipo de rescate en la que cada uno tiene unas funciones determinadas.

Por todo ello, la profesión de Nadador de Rescate presenta un alto nivel de complejidad. La alta variabilidad de factores externos e internos que intervienen en los trabajos relacionados con el salvamento en entornos acuáticos a los que se enfrentan estos profesionales, exigen profesionales altamente cualificados física, técnica y psicológicamente para superar con éxito un amplio repertorio de situaciones de peligro que necesita una formación compleja y continuada.

Entre los conocimientos y habilidades que debe manifestar un nadador de rescate se encuentran:
-Conocer sus capacidades y limitaciones en materia de seguridad durante las operaciones de rescate.
-Conocer la legislación sobre riesgos laborales y responsabilidad civil que abarca su desempeño profesional.
-Conocer y dominar los materiales propios de su equipo de trabajo así como los dispositivos de salvamento utilizados durante la operación de rescate.
-Conocer y dominar las señales de comunicación con el equipo de rescate y las señales internacionales de emergencia.
-Conocer la terminología náutica y poseer formación teórico-práctica sobre supervivencia en la mar.
-Conocer técnicas psicológicas de utilidad tanto para el trato de accidentados como para autoayuda y autosuperación de fases críticas.
-Poseer unas capacidades físicas y unas habilidades técnicas adecuad as al entorno acuático en el que desempeñan su labor profesional.
- Conocer y alcanzar un dominio adecuado de las técnicas de salvamento utilizadas durante la operación de rescate. Entre las operaciones de rescate más frecuentes podemos encontrar:

• Rescate de accidentados en dispositivos de salvamento (balsas salvavidas, botes de rescate, etc).
• Rescate de accidentados en el medio acuático (recogida en el agua).
• Rescate de accidentados en hundimientos.
• Rescate de accidentados en embarcaciones de recreo.
• Rescate de accidentados en acantilados y sus proximidades.
• Rescate de accidentados en buques pesqueros.
- Realizar eficazmente otro tipo de actuaciones u operaciones:
• Búsqueda de accidentados, restos materiales y elementos contaminantes en el medio acuático.
• Colaborar eficazmente con otros grupos de rescate o de emergencia
(traslado de técnicos especializados a zonas o entornos catastróficos).
• Colaboración en traslados hospitalarios (pacientes y órganos).
• Realizar un adecuado uso y manejo de los equipos de filmación y localización presentes en las aeronaves.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Aspectos de saúde da equipe de natação da UNICAMP

Autores: OSAWA, Cibele Cristina1 & JÚNIOR, Orival Andries2

1Departamento de Tecnologia de Alimentos - Faculdade de Engenharia de Alimentos UNICAMP- Campinas SP
2Departamento de Ciência do Desporto - Faculdade de Educação Física UNICAMP - Campinas SP

RESUMO

Através de relatos dos próprios integrantes da equipe de natação da Unicamp, foram avaliados, mediante preenchimento de questionário, os sintomas, lesões e doenças relacionadas ao meio aquático no período retroativo a 2 anos. Participaram do presente estudo 26 nadadores universitários, dos quais apenas um único indivíduo não possuía vínculo com a universidade. A metragem semanal nadada foi de 9 km para ambos os gêneros. Dentre as principais queixas dos nadadores, podem-se citar: dores no ombro (50%), dores na coluna (35%), resfriados e gripe (31% cada). Devido à baixa metragem semanal e ao curto tempo de treinamento, não foi possível a associação da incidência de sintomas, lesões e doenças relatadas pelos nadadores com os treinos de natação. O efeito cumulativo de outras atividades, remuneradas ou não, deve ser considerado no comprometimento da saúde dos nadadores universitários.
Palavras-chave: Natação. Nadadores. Saúde pública. Lesões.

Trabalho na íntegra: Motriz, Rio Claro, v.12 n.2 p.149-158, mai./ago. 2006
http://cecemca.rc.unesp.br/ojs/index.php/motriz/article/view/97/74.

Ou, escreva para os autores: cibele_osawa@yahoo.com.br