quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O jogo e a brincadeira como método alternativo para o desenvolvimento motor e interpessoal de guarda vidas civis do Município de Balneário Gaivota

Por: Vinicius Amorim

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do grau de Bacharel no curso de Educação Física Bacharelado da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.

RESUMO
Para guarnecer as praias da orla Catarinense o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina atua juntamente com guarda vidas civis contratados de forma temporária. Cada guarda vida civil possui uma base educacional diferente o que ocasiona dependendo do local de formação, em divergência continua de opiniões entre os mesmos e a difícil relação com os superiores militares. O presente trabalho teve o intuito de analisar se o trabalho lúdico pode contribuir na formação de guarda vidas civis para a melhora das capacidades motoras e desenvolvimento do relacionamento interpessoal. Foi aplicado diariamente por um período de 15 dias, uma hora de atividade lúdica somada ao treinamento específico, aos guarda vidas civis de Balneário Gaivota que estavam em curso de formação. Dos 40 inscritos foi selecionado aleatoriamente uma amostra de 15 indivíduos que além de preencher um questionário, realizaram testes de capacidades motoras antes e após treinamento. O último teste de capacidade motora aplicado, também foi realizado com 15 guarda vidas civis de Balneário Arroio do Silva para se obter uma comparação com o método tradicional de treino. Os guarda vidas civis de Balneário Gaivota obtiveram evolução em quase todas as valências analisadas com exceção na mobilidade dos ombros e quando comparados ao Balneário Arroio do Silva alcançaram melhores resultados em 89% (8) dos testes de capacidade motora em 100% (9) possíveis. Os mesmos GVC’s foram amplamente favoráveis e receptivos com a nova proposta metodológica de ensino, somando o treinamento específico com o uso lúdico. Não pode se afirmar que a evolução só tenha ocorrido pela presença lúdica no trabalho, pois o treinamento tradicional também foi executado, porém podemos dizer que a mesma ludicidade não interfere negativamente para os ganhos de capacidade motora e sim auxiliam sua aquisição. Portanto acreditamos que o jogo e a brincadeira contribuem para a formação dos guarda vidas civis e serve como proposta alternativa para a formação profissional destes.
Palavras-chave: Lúdico. Guarda vidas. Treinamento. Habilidade motora.
Relacionamento interpessoal.

REFERÊNCIAS
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Prevenção do afogamento na formação e rotina dos guarda vidas

Por: Paulo Adilton dos Santos Borges & Luciana Grassenferth Araújo

Centro de Ciências da Saúde e do Esporte-Cefid , Universidade do Estado de Santa Catarina & Laboratório de Biomecânica Aquática. Centro de Ciências da Saúde e do Esporte. Universidade do Estado de Santa Catarina.

RESUMO
O seguinte estudo objetivou realizar uma revisão sistemática a respeito da produção científica do seguinte assunto prevenção do afogamento na formação e rotina dos guarda-vidas, produzida no período de 2001-2010. Os procedimentos realizados para a seleção de materiais que dariam apoio a pesquisa teve como base de dados o Google Acadêmico e a Biblioteca do Grupamento de Busca e Salvamento – GBS – do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina – CBMSC, ocasionando uma revisão detalhada dos artigos cadastrados e a identificação de artigos de pesquisas científicas através de buscas simples e o cruzamento dos temas, pesquisado como categoria principal “formação dos guarda-vidas” ou “lifeguard formation” identificando-se 394 estudos na versão eletrônica e 23 estudos advindos da biblioteca do GBS. Realizando o cruzamento de temas da categoria principal com a subcategoria, neste caso, o descritor “prevenção de afogamento” ou “Drowning prevention”. Este procedimento identificou 40 trabalhos. A análise preliminar da relevância dos artigos aos termos investigados permitiu identificar 16 estudos relevantes, selecionando 11 destes como base para a realização da revisão e exemplificação do respectivo artigo. A análise dos conteúdos foi realizada utilizando as ferramentas de unidades de significância e reagrupamento temático. As apresentações descritivas, expõem as características metodológicas e os resultados, e sintéticas, resumindo as informações, verificando criticamente, visando o entendimento global dos estudos, sem, no entanto, negligenciar os aspectos específicos de cada uma das produções científicas investigadas.
Palavras-chave:Guarda-vidas; Prevenção de Afogamentos;Formação dos guarda-vidas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através da realização da revisão sistemática sobre o tema proposto foi possível constatar alguns estudos relacionados à afogamentos, prevenção do afogamento, aspectos relacionados ao dia a dia do guarda-vidas, entre outros, porém se tratando de trabalhos que relacionam a importância da formação deste profissional junto a prevenção de afogamentos, pouco foi pesquisado, proporcionando ao profissional de Educação Física uma área bastante vasta e promissora.
Constando a formação como base inicial de qualquer aprendizado, informações verídicas sobre o que é estudado devem se apresentadas, como também meios de lidar com elas, e a respeito disso conforme o estudo, a prevenção do afogamento deve estar presente como filosofia básica e pilar fundamental de aprendizado e desenvolvimento nos cursos de formações dos nossos guarda-vidas.
Com uma base forte relacionada a prevenção de afogamentos na sua formação, o guarda-vidas na sua rotina diária de trabalho, terá muito mais conhecimento das responsabilidades e deveres que regem o seu serviço, contribuindo para termos em nossa sociedade resgatistas cada vez mais responsáveis, conscientes e totalmente qualificados.
Portanto, apesar de termos alguns estudos relacionados às temáticas formação dos guarda-vidas e à prevenção de afogamentos, estudos levando a inter-relação dos mesmos para a criação de uma nova ideologia de aprendizado ainda são poucos, devendo caber ao profissional de Educação Física fazendo parte também do seu aprendizado desenvolver pesquisas sobre este assunto, gerar conhecimentos novos e consequentemente uma melhora profissional dos guarda-vidas no aspecto prevenção de afogamentos dentro do salvamento aquático.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Necessidades e perspectivas para o ensino do salvamento aquático nos Cursos de Educação Física da Universidade Federal de Santa Catarina

Por: Danilo de Almeida Dassan da Silva

Monografia apresentada à disciplina de Seminário de Monografia do curso de Licenciatura Plena em Educação Física, como requisito parcial à obtenção do título de Licenciado em Educação Física.

RESUMO
Diante da necessidade do ensino do Salvamento Aquático na formação dos professores de Educação Física, esta pesquisa apresenta as principais necessidades e perspectivas quanto à sua abordagem nas disciplinas dos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), identifica os principais aspectos a serem abordados no ensino dos conteúdos sobre Salvamento Aquático, o serviço do Guarda-Vidas e o Afogamento e faz um mapeamento das disciplinas de possível abordagem do ensino desses conteúdos.
Palavras chave: Salvamento Aquático, Guarda-Vidas, Afogamento.


CONCLUSÕES
A desinformação e o despreparo são os piores inimigos para um professor atuar no ambiente aquático, tornando-o outra vítima em potencial। A inserção dos conteúdos de salvamento aquático nos currículos da licenciatura e do bacharelado deverá contribuir com a demanda de ações e serviços de políticas públicas visando à diminuição da mortalidade e dos gastos públicos com a prevenção e atendimentos hospitalares para afogados. Nesse sentido o Centro de Desportos da Universidade Federal de Santa Catarina pode contribuir fortalecendo a discussão dos currículos do bacharelado e da licenciatura tornando o Salvamento Aquático um conhecimento indispensável para o professor de Educação Física, independente de sua formação ser na Licenciatura ou no Bacharelado.
Por questões didáticas os conteúdos relativos ao Salvamento Aquático serão inseridos nas disciplinas através de três grandes grupos A ,B e C:

A - Disciplinas relacionadas diretamente com o ambiente aquático:
1 - Teoria e Metodologia da Natação I
2 - Teoria e Metodologia da Natação II
3 - Estudos Avançados em Esporte-Natação

B - Disciplinas relacionadas diretamente urgências/emergências ou com os processos Saúde/Doença:
4 - Emergências em Educação Física A
5 - Saúde e Urgências na Escola
6 - Educação Física Saúde Qualidade de Vida
7 - Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida
8 - Envelhecimento, Atividade física e Saúde
9 - Educação Física Escolar e Saúde
10 - Seminário de Aprofundamento em Atividade Física e Saúde
11 - Estágio Supervisionado em Atividade Física e Saúde

C - Disciplinas relacionadas diretamente com a Natureza e seus fenômenos:
12 - Teoria e Metodologia dos Esportes de Aventura

Os conteúdos a seguir são aqueles considerados relevantes para a formação de professores de Educação Física da UFSC, sendo apenas uma sugestão para o início de discussões referentes à inserção dos conteúdos de Salvamento Aquático nos currículos dos cursos bacharelado e licenciatura e estão divididos em grupos para facilitar a distribuição de suas cargas horárias.

Grupo A - Disciplinas relacionadas diretamente com o ambiente aquático: neste grupo poderão ser abordados os conteúdos que inevitavelmente necessitam do meio líquido para sua prática ou que são melhor visualizáveis no mesmo. Por exemplo, as técnicas de desvencilhamento que em outro ambiente não seria uma experiência tão rica. Podemos destacar os itens:
· Prevenção de afogamentos; tipos de banhistas; escaneamento do setor e sinalização; posicionamento do professor/guarda-vidas; equipamentos de salvamento; entrada no mar, ultrapassagem das ondas e retorno à areia com a vítima; salvamento em costeiras entrando e saindo pelas pedras; salvamento com e sem equipamento; técnicas de desvencilhamento ou judô aquático; retirada da vítima da água só ou com ajuda; retirada de vítima inconsciente da piscina; dentre outros.

Grupo B - Disciplinas relacionadas diretamente urgências/emergências ou com os processos Saúde/Doença: neste grupo poderão ser abordados os conteúdos referentes a urgências/emergências no meio líquido ou próximo a ele ou mesmo as situações que comprometem diretamente a saúde, como por exemplo, acidentes com águas vivas, situação muito comum em Florianópolis que não necessariamente será uma urgência/emergência mas que compromete a saúde podendo ter agravamentos e seqüelas caso tomadas providências equivocadas. Podemos destacar os itens:
· Hidrocussão ou síndrome de imersão; hipotermia; classificação do afogamento; graus de afogamentos e seus respectivos tratamentos; fases do afogamento; técnicas de recuperação de afogados; tratamento da parada respiratória e da parada cardiorrespiratória em adultos, crianças e bebês; situações perigosas para a reanimação cardiorrespiratória; acidentes com suspeita de lesão na coluna cervical; acidentes com animais marinhos;(EPI) equipamentos de proteção individual do socorrista; dentre outros.

Grupo C - Disciplinas relacionadas diretamente com a Natureza e seus fenômenos:
Neste grupo poderão ser abordados os conteúdos referentes ao ambiente específico que se pretende trabalhar, por exemplo, um professor que pretende fazer uma trilha com os alunos e em algum momento venha a passar por pedras de uma costeira. Mesmo que ele não tenha total conhecimento da tábua das marés, ele saiba consultar evitando não conseguir voltar por uma eventual maré de enchente que cubra tais pedras. Os principais itens a serem abordados são:
· Análise morfodinâmica das praias e do mar; perfil da praia e suas variabilidades; tipos de praias; desenvolvimentos das ondas no mar, como as ondas se rompem, classificação das ondas, ressacas; tábua das marés; correntes oceânicas, correntes do Brasil, de Santa Catarina e de Florianópolis, ressurgência, efeito das correntes, correntes de marés, correntes de ventos, correntes na zona de surfe, correntes em desembocaduras, correntes de retorno, como se formam suas características, seus componentes, seus tipos, correntes laterais, repuxo, buracos, bancos de areia e valas; clima no Brasil, em Santa Catarina e em Florianópolis; ventos Predominantes no Brasil, em Santa Catarina e em Florianópolis; salinidade da água e flutuabilidade; temperatura e densidade da água e suas influências; animais marinhos perigosos e seus hábitos e sua predominância no Brasil, em Santa Catarina e em Florianópolis; dentre outros.

Além dessas disciplinas do CDS, também seria interessante que nas disciplinas da base como fisiologia e anatomia, fosse abordada a fisiopatologia do afogamento durante o aprendizado dos sistemas respiratório e vascular.
Toda essa gama de conhecimentos torna possível ao professor identificar os fatores que influenciam o risco, assim como gerenciar esses riscos dependendo do público e do ambiente.
Na lógica desse processo, um segundo passo seria criar um projeto de extensão a fim de contribuir com mais pessoas habilitadas em Salvamento Aquático no meio acadêmico, favorecendo através do monitoramento e análise dessas intervenções a produção de mais publicações científicas acerca do tema contribuindo com a prevenção de afogamentos e as ações e serviços de políticas públicas visando à diminuição da mortalidade e dos gastos públicos com a prevenção e atendimentos hospitalares para afogados.

REFERÊNCIAS
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE recomendam... PCR asfíxica: O QUE FAZER?


Para uma suposta PCR asfíxica, como em casos de afogamento, a prioridade seria aplicar compressões torácicas com ventilação de resgate por cerca de 5 ciclos (aproximadamente 2 minutos) antes de acionar o serviço de emergência/urgência.


(30 x 2 ) x 5
(30 compressões torácicas / 2 ventilações de resgate) x 5 ciclos

O atendente/operador deve fornecer instruções para RCP
2010 (Nova): As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE recomendam de forma mais enfática que os atendentes/ operadores instruam os socorristas leigos não treinados a aplicar a RCP somente com as mãos em adultos que não estejam respondendo, não estejam respirando ou apresentem respiração anormal. Os atendentes/operadores devem fornecer instruções para RCP convencional em vítimas com provável PCR asfíxica.
Motivo: Infelizmente, a maioria dos adultos com PCR extra-hospitalar não recebe nenhuma manobra de RCP das pessoas presentes. A RCP somente com as mãos (apenas compressões) aplicada pelas pessoas presentes melhora substancialmente a sobrevivência de adultos após PCR extra-hospitalar em comparação com situações em que não recebem nenhuma RCP dessas pessoas. Outros estudos de adultos com PCR tratados por socorristas leigos mostram taxas de sobrevivência similares entre as vítimas que recebem RCP somente com as mãos em comparação com as que recebem RCP convencional (isto é, com ventilações de resgate). Vale ressaltar que é mais fácil os atendentes/ operadores instruírem os socorristas não treinados a aplicar a RCP somente com as mãos do que a RCP convencional em vítimas adultas. Por isso, a recomendação atual é mais incisiva para que ajam dessa forma, salvo em caso de suspeita de PCR asfíxica (por exemplo, devido a afogamento).

Situações especiais de ressuscitação
2010 (Nova):
Quinze situações específicas de PCR têm, agora, recomendações de tratamento específicas. Os tópicos revisados compreendem asma, anafilaxia, gravidez, obesidade mórbida (novo), embolismo pulmonar (novo), desequilíbrio eletrolítico, ingestão de substâncias tóxicas, trauma, hipotermia acidental, avalanche (novo), afogamento, choque elétrico/ relâmpagos, intervenção coronária percutânea (ICP) (novo), tamponamento cardíaco (novo) e cirurgia cardíaca (novo).

sexta-feira, 30 de abril de 2010

SERÁ O LIXO UM FATOR DE RISCO QUE INDIRETAMENTE CONTRUIBUI PARA O AUMENTO DA MORTALIDADE POR AFOGAMENTO?

Por: Osni Guaiano

Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma (Lavoisier, 1764-1794). O afogamento é um problema que afeta toda a sociedade internacional e que se agrava com as situações de emergência geradas pelo lixo abandonado nas ruas, nos rios, nas praias e no mar. O Brasil incidiu em 75913 mortes por afogamento entre 1996 e 2007 (SIM/MS). Os resíduos sólidos (o lixo) têm contribuído de maneira importante para esta realidade no país. O objetivo desta sinopse é apontar que os resíduos sólidos são fatores de risco que indiretamente têm cooperado de modo importante para o aumento do risco de morte por afogamento no Brasil. Cerca de 20% da humanidade consomem mais de 80% dos recursos naturais do planeta. Na presente realidade, vivemos num ambiente onde a natureza é profundamente agredida. Toneladas de matérias-prima, provenientes dos mais diferentes lugares do planeta, são industrializadas e consumidas gerando rejeitos e resíduos, que são comumente chamados lixo. Cerca de 5 Kg/semana é a quantidade de lixo produzida por um ser humano. Somente 2% do lixo de todo o Brasil é reciclado. A título de comparação, o percentual de lixo urbano reciclado na Europa e nos EUA é de 40%. Só o Brasil produz 240 mil toneladas de lixo por dia. Devendo-se isto ao aumento do poder aquisitivo e ao perfil de consumo de uma população. Aproximadamente 88% do lixo doméstico brasileiro vão para o aterro sanitário, o qual pela fermentação gera dois subprodutos: o chorume e o gás metano. O metano é o relógio da mudança climática, já que é um gás 20 vezes mais perigoso que o CO2. Dentre os vários fenômenos gerados pelo aquecimento global está o aumento do nível do mar e da precipitação, a qual, aliada ao lixo, tem acrescido as enchentes e inundações. Embora o termo lixo se aplique aos resíduos sólidos em geral, quando adequadamente tratado, muito do que se considera lixo pode ser reutilizado ou reciclado. Hoje sabemos que além de gerar emprego e renda, reciclar reduz a demanda de matérias-primas, ampliando com isso a conservação do meio ambiente. Mais do que isso, atualmente, a cada dia, torna-se ainda mais necessátio praticarmos os (5Rs) – RECUSAR (Evite comprar materiais que prejudiquem o meio ambiente); REDUZIR O CONSUMO (Reduza o desperdício de materiais); REUTILIZAR (Aproveite materiais utilizando-os sempre que possível); REFORMAR (Reutilize materiais de diferentes maneiras) & RECICLAR. Ao mesmo tempo em que este exercício desenvolve a preservação da natureza, contribui de modo importante como medida de prevenção e controle do afogamento, já que o risco de morte por afogamento se produz em piscinas, praias, rios e outros ambientes aquáticos e também, nas zonas rurais e nos centros urbanos, nas ruas, túneis, garagens, carros e até mesmo dentro de nossas próprias casas. O lixo, quando abandonado, potencializa as enchentes e inundações, tornando-se com isso um problema que compromete toda a sociedade. Pensamos, entretanto, que o aumento da informação pode gerar resultados positivos na saúde ambiental, tais como: Ampliação da saúde; Incremento do espírito de colaboração & Desenvolvimento da cultura humana. Assim, o lixo combinado com elementos da mudança climática torna-se um fator que favorece o aumento do risco de morte por afogamento. Este é um dos motivos pelo qual se faz necessário ensinar à população a reconhecer, prevenir e agir diante do afogamento, já que contra os fenômenos da natureza não se pode lutar. É possível que o exercício dos 5Rs desenvolva a consciência preventiva, não apenas em relação à preservação da natureza, mas, sobretudo acerca de como reduzir o risco de morte por afogamento, além de outros acidentes, não somente no campo, mas principalmente nas cidades cosmopolitas, já que o acumulo de lixo passou a ser cena comum nos rios e ruas. Finalmente, é necessário saber o que fazer diante dos problemas gerados pelo abandono dos resíduos sólidos e pelo processo de educação na sociedade podemos alcançar os efeitos desejados. – A mudança climática global se converteu em algo tão importante que conscientizar a sociedade sobre como cuidar melhor do meio ambiente não é o suficiente!

Bibliografia
Guaiano, O. & Palacios, J. (2008). Epidemiología de los accidentes y ahogamientos derivados de las catástrofes naturales, efecto de la actual experiencia climática global (1996 – 2005). CONGRESO INTERNACIONAL “MAS ALLÁ DE XX ANIVERSÁRIO DE BANDERA AZUL”, 1. CD. Almonte, España: ADEAC-FEE

Guaiano, O. (2007). GLOBALEATING AND MORTALITY BY DROWNING: How can a project for children and adolescents, from basic to middle education, carried through in the city of Sorocaba contribute to preserve the environment and prevent drowning? In: WORLD WATER SAFETY CONFERENCE AND EXHIBITION, 1. (pp. 108). Porto, Portugal:ILSF

Guaiano, O. (2009). Cambio climático y minimización del impacto de los desastres naturales en la mortalidad por ahogamiento y sobrevida humana. CONGRESO INTERNACIONAL DE SALVAMENTO, SOCORRISMO Y RESCATE ACUÁTICO 2009 “EDUCAR PARA PREVENIR EL AHOGAMIENTO”, 1. CD. Guzmán, México: CUSUR

Guaiano, O. (2009). PREVENÇÃO DO AFOGAMENTO: Será que multas podem tornar as praias brasileiras mais seguras? CONGRESSO CIENTÍFICO DO 8º FÓRUM INTERNACIONAL DE ESPORTES, 6. (pp. 9). Florianópolis, Brasil: UNESPORTE

Guaiano, O. (2010). POLUIÇÃO DAS ÁGUAS: Causas, efeitos e medidas de prevenção. (Aluno do Curso Técnico de Segurança do Trabalho – Disciplina de Biossegurança). Rio de Janeiro: SENAC Caxias

Enlaces Web
http://portal.saude.gov.br/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=21377. Página oficial do Ministério da Saúde, a qual possui dados sobre o Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM/MS.
http://www.ajudabrasil.org/6.567.html. Página oficial da ONG AjudaBrasil, a qual contém informações sobre a questão do lixo no Brasil.
http://www.ufv.br/Pcd/Reciclar/lixo_brasil.htm। Página oficial da Universidade Federal de Viçosa, a qual possui dados sobre o problema do lixo no Brasil.

Citas, segundo as normas da American Psychological Association (APA), 5º Edição.

domingo, 7 de março de 2010

Do que trata a segurança do trabalho e qual o papel do técnico neste campo do conhecimento?

Por: Osni Guaiano

Com o objetivo de ampliar o conhecimento no campo da prevenção de acidentes, salvamento e socorrismo, ingressamos na primeira turma de técnicos em segurança do trabalho (TST - 2010), no Senac Rio, unidade Duque de Caxias.
Mas, do que trata a segurança do trabalho e qual o papel do técnico neste campo do conhecimento?
Segurança do trabalho pode ser entendida como o conjunto de medidas que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.
Deste modo, pelo estudo de diversas disciplinas, o técnico em segurança do trabalho capacita-se a desenvolver trabalhos no campo da segurança, higiene e medicina do trabalho, prevenção e controle de riscos em máquinas, equipamentos e instalações, psicologia na engenharia de segurança, comunicação e treinamento, administração aplicada à engenharia de segurança, o ambiente e as doenças do trabalho, higiene do trabalho, metodologia de pesquisa, legislação, normas técnicas, responsabilidade civil e criminal, perícias, proteção do meio ambiente, ergonomia e iluminação, proteção contra incêndios e explosões e gerência de riscos.
Numa empresa, o quadro de Segurança do Trabalho se integra por uma equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. Estes profissionais formam o que chamamos de SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Também os empregados da empresa constituem a CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, que tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
O papel do TST é:
- Inspecionar locais, instalações e equipamentos da empresa, observando as condições de trabalho, para determinar fatores e riscos de acidentes; estabelecer normas e dispositivos de segurança, sugerindo eventuais modificações nos equipamentos e instalações e verificando sua observância, para prevenir acidentes;
- Inspecionar os postos de combate a incêndios, examinando as mangueiras, hidrantes, extintores e equipamentos de proteção contra incêndios, para certificar-se de suas perfeitas condições de funcionamento;
- Comunicar os resultados de suas inspeções, elaborando relatórios, para propor a reparação ou renovação do equipamento de extinção de incêndios e outras medidas de segurança;
- Investigar acidentes ocorridos, examinando as condições da ocorrência, para identificar suas causas e propor as providências cabíveis;
- Manter contatos com os serviços médico e social da empresa ou de outra instituição, utilizando os meios de comunicação oficiais, para facilitar o atendimento necessário aos acidentados;
- Registrar irregularidades ocorridas, anotando-as em formulários próprios e elaborando estatísticas de acidentes, para obter subsídios destinados à melhoria das medidas de segurança;
- Instruir os funcionários da empresa sobre normas de segurança, combate a incêndios e demais medidas de prevenção de acidentes, ministrando palestras e treinamento, para que possam agir acertadamente em casos de emergência;
- Coordenar a publicação de matéria sobre segurança no trabalho, preparando instruções e orientando a confecção de cartazes e avisos, para divulgar e desenvolver hábitos de prevenção de acidentes;
- Participar de reuniões sobre segurança no trabalho, fornecendo dados relativos ao assunto, apresentando sugestões e analisando a viabilidade de medidas de segurança propostas, para aperfeiçoar o sistema existente.
Enfim, temos o intuito de manter a mente aberta e com isso nos tornarmos ainda mais preparados para o mercado de trabalho, nos atualizando sobre o gerenciamento, preservação do meio ambiente e qualidade do trabalhador no ambiente de trabalho, ampliando, por tanto, a eficiência, a segurança, a organização e a produtividade.