quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O que é o rala para ser o Guarda-Vidas?

Pensando em treinamento, quantos quilômetros o Mailson deve ter corrido para chegar em 4º lugar na maratona durante as olimpíadas? A palavra para descrever isto é: especificidade. Garanto a qualquer um desta discussão que o Mailson correu, se preparando para correr 42Km192m, centenas de quilômetros. Apenas se preparando, treinando!
Então, pensando em especificidade, o que é o rala para ser o Guarda-Vidas? Correr oito quilômetros em areia fofa, se preparando para correr 300 em velocidade para um socorro? Nadar alguns metros em alta velocidade ou alguns quilômetros para ampliar a resistência, melhorar o deslize entre outros fatores? Nadar submerso, 10, 20, 30, 40 mts se preparando para varar a arrebentação? Entrar no mar pequeno, médio e grande para preparar o corpo e a mente para enfrentar a dureza de um resgate? O que é o rala para preparar psicologicamente o Guarda-Vidas para enfrentar o mar bravio, quando até mesmo surfistas estão de olhos arregalados, ao observar um companheiro tomar um caldaço e a cordinha arrebentar? O que é o rala para o Guarda-Vidas que ao pular do helicóptero para resgatar uma vida se dá conta que o mar está dantesco? Mas, afinal, o que é o rala para o sujeito quer seja pela raça, técnica ou obstinação coloca a sua própria vida em risco por pessoas que jamais viu em sua passageira vida? Mas, afinal, o que é o rala para o Guarda-Vidas? Fazer algumas dezenas de flexões de braço (flexões de cotovelo) ou algumas dezenas de abdominais, barras, alongamentos, ginástica calistênica entre outros exercícios para enfrentar a dureza de entrar no mar bravio, quando não há moto aquática, bote inflável, prancha de surf-resgate, rescue tub ou nadadeira? A resposta está diretamente ligada ao treinamento do Mailson para conquistar o 4° lugar nas olimpíadas. Especificidade!! Todo o trabalho que visa especificamente o treinar para o serviço de guardar vidas no mar não é rala, mas o adestramento ao alto salvamento e o salvamento de terceiros. Porém, em pleno século XXI não é conveniente que o Guarda-Vidas coloque a sua própria vida em risco considerando a gama de conhecimento tecnológico a dispor do serviço de salvamento aquático no mar.

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