A história da preservação humana tem seus primeiros passos com a origem do próprio homem sobre a Terra. Do desejo de sobreviver surge à necessidade de ampliar o conhecimento e este intuito deu origem a diversos meios de preservar a vida. O processo, que levou o homem a entender como e porque prevenir e ajudar a outros de sua espécie no meio aquático, durou milhares de anos.
Os primeiros registros da formação de uma equipe de salvamento no mundo data de cerca de 63 a.C a 14 d.C, criada pelo Imperador Augusto. Era composta por sete cortes de seiscentos homens. A esta “Armada Romana” eram outorgadas recompensas pelos atos de salvamento de cidadãos, recompensas que eram extensivas aos pais dos salvadores por terem procriado tais crianças. Séculos se passaram para que fossem registradas as primeiras tentativas para humanizar o conhecimento de salvar vidas na água no Brasil, em 1914.
Segundo estudos angeosofistas, parte da teologia que estuda os seres espirituais, o dia 28 de dezembro é um dos dias do ano protegido pelo anjo Damabiah, da hierarquia do Arcanjo Gabriel. Além de outras atribuições, este anjo domina sobre os mares, rios, fontes, expedições marítimas e construções navais, favorecendo com isso os marinheiros e pescadores.
No Brasil, coincidentemente, as primeiras atividades de salvamento aquático que se tem registro correram na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Foi de forma improvisada que o Governo do Estado do Rio de Janeiro procurou aproveitar alguns pescadores com suas canoas e botes para atuarem, ainda que de maneira empírica, na prevenção e salvamento de banhistas imprudentes.
No dia 28 de dezembro de 1970, curiosamente, a Brigada Militar encampou o serviço de Guarda-Vidas, com a primeira turma de policiais militares formados em Porto Alegre exclusivamente para o trabalho de guardar vidas no mar, que antes era de responsabilidade dos municípios, passando, desde então, a missão de salvamento no mar para o Estado.
Ampliar o estudo de salvar vidas torna-se importante ferramenta a partir do momento em que decorremos elementos que podem aperfeiçoar o ensino, de maneira a produzirmos cultura preventiva. Enfim, é prematuro afirmar que a comemoração do Dia dos Guarda-Vidas surgiu entorno do anjo Damabiah. No entanto, o breve conteúdo sugere que o dia 28 de dezembro tem alguma relação com o amparo aos homens que trabalham ou exercem alguma atividade voltada para o mar, no Brasil.
Referências:
- ANJOS CABALÍSTICOS – Damabiah. Net, Rio de Janeiro, dez. 2011. Disponível em: http://www.angeosofia.com/anjo-damabiah-65.php. Acesso em: 29 dez 2011.
- BASTOS, R. M. O guarda-vidas bombeiro militar como gerente principal do processo de salvamento no mar. Monografia do Curso Superior de Bombeiro Militar, CBRJ, 1998.
- GONZALÉZ, A. R. B. Natacion y salvamento. Montevideo: [s.n], 1996.
- GUAIANO, O. P. Elementos históricos de la prevención del ahogamiento en el Brasil. Previr, A Coruña, v. 7, n. 2, p. 23–28, ago. 2007.
- ONIR, M. Análise do processo de qualificação de salva-vidas: aproximação a um modelo ideal para Santa Catarina. Florianópolis, 2001. 142 f. Monografia do Curso de Pós Graduação “Latu Sensu” em Segurança Pública, Universidade do Sul de Santa Catarina, Florianópolis, 2001.
- PRATES, J. Histórico do dia do guarda-vidas. Net, Rio de Janeiro, dez. 2011. Disponível em: http://www.sobrasa.org/news/origem%20do%20dia_GV.htm. Acesso em: 29 dez 2011.