Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do grau de Bacharel no curso de Educação Física Bacharelado da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.
RESUMO
Para guarnecer as praias da orla Catarinense o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina atua juntamente com guarda vidas civis contratados de forma temporária. Cada guarda vida civil possui uma base educacional diferente o que ocasiona dependendo do local de formação, em divergência continua de opiniões entre os mesmos e a difícil relação com os superiores militares. O presente trabalho teve o intuito de analisar se o trabalho lúdico pode contribuir na formação de guarda vidas civis para a melhora das capacidades motoras e desenvolvimento do relacionamento interpessoal. Foi aplicado diariamente por um período de 15 dias, uma hora de atividade lúdica somada ao treinamento específico, aos guarda vidas civis de Balneário Gaivota que estavam em curso de formação. Dos 40 inscritos foi selecionado aleatoriamente uma amostra de 15 indivíduos que além de preencher um questionário, realizaram testes de capacidades motoras antes e após treinamento. O último teste de capacidade motora aplicado, também foi realizado com 15 guarda vidas civis de Balneário Arroio do Silva para se obter uma comparação com o método tradicional de treino. Os guarda vidas civis de Balneário Gaivota obtiveram evolução em quase todas as valências analisadas com exceção na mobilidade dos ombros e quando comparados ao Balneário Arroio do Silva alcançaram melhores resultados em 89% (8) dos testes de capacidade motora em 100% (9) possíveis. Os mesmos GVC’s foram amplamente favoráveis e receptivos com a nova proposta metodológica de ensino, somando o treinamento específico com o uso lúdico. Não pode se afirmar que a evolução só tenha ocorrido pela presença lúdica no trabalho, pois o treinamento tradicional também foi executado, porém podemos dizer que a mesma ludicidade não interfere negativamente para os ganhos de capacidade motora e sim auxiliam sua aquisição. Portanto acreditamos que o jogo e a brincadeira contribuem para a formação dos guarda vidas civis e serve como proposta alternativa para a formação profissional destes.
Palavras-chave: Lúdico. Guarda vidas. Treinamento. Habilidade motora.
Relacionamento interpessoal.
REFERÊNCIAS
.AGUILAR, José Palácios. Salvamento acuático: teoria y recursos didácticos. Galicia: Xaniño, 2000.
.THE SURF LIFE SAVING ASSOCIATION OF AUSTRÁLIA. Surf life saving – Training Manual. 28.ed. [S.l.], 1987.
.AWAD, Hani Zehdi Amine. Brinque, jogue, cante e encante com a recreação: conteúdos de aplicação pedagógica/pratico. Jundiaí: Fontoura, 2006.
.BARBANTI, Valdir José. Teoria e prática do treinamento esportivo. 2.ed. São Paulo:Edgard Blücher, 1997
.______. Formação de esportistas. Barueri-SP: Manole. 2005
.BASTOS, Robeson Milagres. O guarda vidas Bombeiro Militar como gerente principal do processo de salvamento no mar. 1998. Monografia (Curso Superior de Bombeiro Militar) – Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1998.
.BRASIL, Constituição Federal de 1988. Disponível em:
.BRASIL, Lei nº 9609, de 18 de Fevereiro de 1998. Disponível em:
.BRAZ, Greicy Rose de. Brincando e aprendendo com jogos sensoriais, Rio de Janeiro: Sprint, 1998.
.BROTTO, Fábio Otuzi. Jogos Cooperativos: o jogo e o esporte como um exercício de convivência, Santos-SP: Projeto cooperação, 2001.
.CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA. Curso de formação de guarda vidas civis - Manual do instrutor. Florianópolis, 2007
.CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SÃO PAULO. Manual do guarda vidas. São Paulo, 2006.
.CORRÊA, Célia Regina Fernandes; Massaud, Marcelo Garcia. Natação na préescola: a natação no auxilio ao desenvolvimento infantil, Rio de Janeiro: Sprint, 2004.
.ECKERT, Helen M. Desenvolvimento Motor, tradução de Maria Eduarda Fellows Garcia. 3.ed. São Paulo: Manolle, 1993.
.FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. São Paulo: Atlas, 1993.
.FANTIN, Mônica. No mundo da brincadeira: jogo, brinquedo e cultura na educação infantil. Florianópolis: Cidade futura, 2000.
.FLORES, Albert Batalla. Habilidades motrices. Barcelona-Espanha: Inoe, 2000.
.GALLAHUE, David L; OZMUN, John C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. Tradução de Maria Aparecida da Silva Pereira Araújo. São Paulo: Phorte, 2001.
.GODALL, Teresa; HOSPITAL, Anna. 150 propostas de atividades motoras para a educação infantil (de 3 a 6 anos). Tradução de Beatriz Neves, Porto Alegre: Artmed, 2004.
.GUEDES, Dartagnan Pinto; GUEDES, Joana Elisabete Ribeiro Pinto. Manual pratico para avaliação em educação física. Barueri-SP: Manole, 2006.
.GUEDES, Maria Hermínia de Souza. Oficina da Brincadeira. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.
.GUERRA, Marlene. Recreação e lazer. Porto Alegre: Sagra, 1996.
.LORDA, C. Raul, SANCHEZ, Carmen Delia. Recreação na terceira idade. 4.ed.Rio de Janeiro: Sprint, 2004.
.MARCELLINO, Nelson Carvalho (org.). Lúdico, educação e educação física. 2.ed. Ijuí: Unijuí, 2003. Barueri-SP: Manole, 2002.
.MACHADO, Renaldo Manoel. Atividades preventivas e de salvamento em águas rápidas. 2001. Monografia (Curso de especialização de Bombeiros para oficiais) – Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, Florianópolis, 2001.
.MILITÃO, Abigenor; MILITÂO, Rose, Jogos, dinâmicas e vivências grupais. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2000.
.MARIOTTI, Fabian. A recreação, o jogo e os jogos. 2.ed. Rio de Janeiro: Shape, 2004, 234p.
.MINICUCCI, Agostinho. Dinâmica de grupos: teoria e sistemas. 5.ed. São Paulo Atlas, 2002.
.MORENO, Guilherme. Jogos e contestes, Rio de Janeiro: Sprint, 1997.
.MORROW JUNIOR, James R. Medida e avaliação do desempenho humano. Tradução de Maria da Graça Figueiró da Silva. 2.ed., Porto Alegre: Artmed, 2003.
.MOSCOVICI, Felá. Equipes dão certo: a multiplicação do talento humano. 10.ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008.
.MUCCHIELI, Roger. O trabalho em equipe. Tradução de Jeanne Marie Claire Pucheu. São Paulo: Martins Fontes, 1980.
.NÁUGRAGOS, Instituto de socorros a. Manual nadador salvador. [S.l.], 2008.
.ORLICK, Terry. Vencendo a competição, São Paulo, Circulo do livro, 1989.
.ORSO, Darci. Brincando, brincadeira se aprende Novo Hamburgo, Feevale, 1999, 82 p.
.PAPALIA, Diene et al. Desenvolvimento Humano. Tradução de Daniel Bueno, 8.ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
.PERESENDA, David esteban. Salvamento acuático: fundamentos técnicos, tácticos y estratégicos del rescate acuático. Quilmes: Aguaseguras, 2007.
.SANTA CATARINA, Lei Promulgada nº 13.880, de dezembro de 2006 - Florianópolis, 4 dez. Disponível em:
.SANTA CATARINA, Decreto Estadual nº 4849, de 11 de novembro de 2006, Termo de adesão as serviço de salvamento aquático, Florianópolis, 11 nov. Disponível em:
.SCHIMIDT, Richard A; WRISBERG, Craig A. Aprendizagem e performance motora: uma abordagem da aprendizagem baseada no problema. Tradução de Ricardo Petersen. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2001.
.SILVA, Elizabeth Nascimento. Recreação e jogos. 2.ed. Rio de Janeiro: Sprint, 1999.
.SOLER, Reinaldo. Jogos cooperativos, Rio de Janeiro, Sprint, 2002.
.SOUZA, Hugo Stockler de. O homem da ilha e os pioneiros da caça submarina. Tubarão: Dehon, 1999.
.SZPILMAN, David. Afogamento. Revista Brasileira de Medicina Esportiva. Rio de Janeiro, v. 6, n 4, p 133-144, jul/ago. 2000.
.THOMAS. G.David. Natação etapas para o sucesso. São Paulo: Manole, 1999.
.TRITSCHLER, Kathleen. Medida e avaliação em educação física e esportes: de Barrow e Mcgee. 5.ed, São Paulo: Manole, 2003.
.ZEFERINO, Helton de Souza. O salvamento aquático no Corpo de Bombeiros Militar de SC. Disponível em: http://www.cb.sc.gov.br. Acesso em 30 ago. de 2009.