terça-feira, 23 de setembro de 2008

Manejo de Acidentados com TRM em Águas Rasas: como proceder?

CUIDADOS AO MERGULHAR
“O mergulho em águas rasas é a quarta causa de lesão medular no Brasil, mas assume a segunda colocação durante os meses de verão. A cada semana cerca de dez pessoas ficam paraplégicas ou tetraplégicas ao bater a cabeça durante mergulho.”
Fonte: BARROS FILHO, T.E.P. Cuidados ao Mergulhar. São Paulo: Pool-Life, 2004. n. 63/64.

SPINAL CORD INJURY IMMOBILIZATION IN THE AQUATIC ENVIRONMENT
Purpose
The Spinal cord injury (“SCI”) is an all too common accident to occur in the aquatic environment, and its periodicity depends on the characteristics of the environment.Lifesavers and rescuers are in a dilemma when called upon to rescue and manage SCI victims:
(i) Which victims are to be considered as SCI case?
(ii) Which specific methods are to be applied?
(iii) How to handle a respiratory impairment or a cardiac arrest?
Results
The aim of this paper is to classify the range of intervention procedures to be applied in such accidents, based on the author’s ten years experience and studies of most frequently techniques worldwide applied and his experience when applying these techniques.
When recognizing SCI we should take into account:
· Immobile victims without visible cause or drowning in shallow water;
· Underwater victims in shallow water or aquatic sports; and
· those observed who suffered a high impact trauma.
Once the SCI is established, we should activate the emergency medical service (“EMS”) and check if the victims is conscious; if positive then check breathing and if negative is imperative to give breaths following the in water Basic life support procedure (“BLS”) where found and during the towing to dry zone, laying away the immobilization.
If the victim breathes normally and is conscious, then the first step is to manually immobilize in line without equipment. In shallow water we should apply the “Extended Arms Grip” technique, while in deep water the “Body Hug” one, perfect to beach accidents. In deep water the “Vice Grip” technique is to be used while waiting assistance or towing the victims to shallow water, if possible. Every technique allow to role the victim when found in a prone position. In water complete immobilization should be applied in any other situation using the spinal board, straps, head immobilizer -excepting the “Body Hug” technique in surf beaches where the victim should be immobilize out of water.
Conclusion
- There is no single method to be applied to every circumstances and every victim, therefore the above three techniques shall be handle and when to apply them to each specific situation.
- Not to automatically immobilize the victim in the water but to recognize the potential SCI and give importance to high impact trauma.
- When victims are unconscious or do not breathe normally, then immobilization is not a priority but giving immediately place to BLS in or out the water until waiting the ambulance arrival with Advanced life support (“ALS”).
Fonte: MANINO, L.A. Spinal Cord Injury Immobilization in the Aquatic Environment In: WORLD WATER SAFETY: CONFERENCE AND EXHIBITION, 1, 2007, Matosinhos. Abstract Book... Portugal: AsNaSa, 2007. p. 136-137.
leomanino@yahoo.com.ar

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

ATA DO 3o FÓRUM DE EDUCAÇÃO FÍSICA DOS PAÍSES DO MERCOSUL (2003)


Aos treze dias do mês de Janeiro de dois mil e três na cidade de Foz do Iguaçu, PR – Brasil, Por ocasião do 18o Congresso Internacional de Educação Física – FIEP/2003 realizou-se a segunda reunião do 3O FÓRUM DE EDUCAÇÃO FÍSICA DOS PAISES DO MERCOSUL, o Presidente Prof. Garcia inicia os trabalhos do dia saudando os presentes e em seguida convida o primeiro Conferencista do dia, o Prof. Dr. João Batista Tojal para o tema: “Equivalência dos Profissionais de Educação Física dos Paises do Mercosul”. Durante sua fala o Prof. Dr. João Batista Tojal convidou o Prof. Cláudio Augusto Boschi para enriquecer sua exposição com informações sobre políticas públicas na área de Educação Física. Encerrada a exposição, o Presidente Prof. Garcia convida a plenária para perguntas e questionamentos ao palestrante. O próximo Conferencista é o Prof. Lúcio Rogério dos Santos com o tema “Posição dos Conselhos Federais na Área da Saúde: Interesse e Inserção da Educação Física na Área da Saúde no Mercosul”.Após a palestra, o Prof. Valdemar Talema, da cidade de Porto Alegre solicita intervenção para contribuir com o Fórum narrando sua experiência na Prefeitura Municipal com a Yoga e a Biodança, Projeto social ligado à qualidade de vida, inclusive com atuação em paises do Mercosul. Uma professora representante do Paraguay mostra preocupação com a atuação de profissionais daquele pais no mercosul, haja vista que a formação se dá em nível técnico e não em Instituição de Ensino Superior. O Prof. Dr. Lamartine Pereira da Costa, do Rio de Janeiro- Brasil, alerta aos participantes da necessidade do Fórum apontar algo além de discussões, e sim, faz-se necessário recomendações, e passa a dissertar sobre o sistema de saúde além do Mercosul. Coloca que o Fórum deveria recomendar um perfil profissional aos moldes do Código Brasileiro de Ocupações –CBO, partindo de uma representação de cada pais.O Presidente Prof. Garcia comunica aos participantes que teremos um intervalo de 5min. No retorno aos trabalhos, o Prof. Dr. Alberto Puga Barbosa versou sobre o tema: “Discussão e Implementação de Cooperação Institucional no Mercosul”, o tema também teve a participação do Prof. Humberto Baldayo Sierra (Venezuela). A pedido do Presidente Garcia, o Prof. Dr. Alberto Puga lê correspondência do IPA de Porto Alegre, que saúda os participantes do Fórum e se mostra interessado nos assuntos de Cooperação institucional. O Presidente Prof. Garcia fala sobre a possibilidade de se incluir o Fórum no portal da FIEP, como forma de democratizar as discussões e informações. O professor representante do Paraguay exalta o crescimento do Fórum que em relação às versões anteriores mostrou grande crescimento. O Prof. Humberto Baldayo (Venezuela) passa às mãos do Presidente Garcia e do Prof. Alberto Puga, o “Projeto de Lei do Desporto e da Educação Física da Venezuela”. O Prof. Garcia passa a ler as recomendações que chegaram à mesa oriundas de contribuições do Prof. Lamartine Pereira da Costa que propõe que a partir do próximo evento selecione-se áreas de estudos sobre temas de interesse comum aos paises do CONE SUL. Com base nestes estudos será mais apropriado definir as temáticas dos próximos eventos como também haverá um fluxo continuo de cooperação entre paises.Sugeriu ainda que se priorize o tema da formação profissional(perfil de formação e tipos de intervenção )entre as áreas de conhecimento a serem programadas no próximo evento. O Fórum entra em assuntos gerais. Como assunto, o Prof. Nelson Schavalla - CREF9, fala sobre o TCHOUKBALL – O jogo da Paz, convidando os presentes para prestigiarem um torneio e um jantar, tendo como ênfase a preparação de um documento para os participantes do Mercosul sobre um Torneio a ser realizado em 2004. O Prof. Osni Guaiano – CREF 4, falou sobre um curso de salvamento aquático para os paises do Mercosul, entregando a coordenação do Fórum um resumo de seu projeto. O Presidente Prof. Carlos Garcia, agradece a Comissão do Mercosul, aos Conferencistas e participantes presentes no 3o FÓRUM DE EDUCAÇÃO FÍSICA DOS PAISES DO MERCOSUL, convida todos a participarem do Fórum de Ética e informa que os Certificados de participação estarão disponíveis a partir das 14h. e que no próximo ano estará sendo realizado o Fórum de Educação Física dos Países do Mercosul, nos dias 11 e 12 de janeiro/2004 aqui na cidade de Foz do Iguaçu/PR durante o 19º Congresso da FIEP no período de 10 a 14/Janeiro de 2004, o qual todos estão convidados para participarem Fazem parte da Comissão Especial do Mercosul: Almir Adolfo Gruhn – PR, Alberto Puga Barbosa – AM, Carlos Alberto Garcia – RS, Claudio Augusto Boschi – MG, João Batista Tojal – SP, Paulo Bassoli – MG. Nada mais havendo a ser registrado, encerro esta Ata que vem assinada pelo Secretário e pelo Presidente do Fórum.
Antonio Ricardo Catunda de Oliveira Carlos Alberto de Oliveira Garcia
Secretário Presidente

Entrevista concedida a Dra. Angela Sampaio – Salvador, BA. (NOV 2006)

PROFESSOR COMO VC SE INTERESSOU EM APRENDER SALVAMENTO AQUÁTICO E COMO APRENDEU?
- Esta história é longa e vai consumir várias horas para transportá-la para o papel, mas dados interessantes são que quando adolescente fui socorrido por um Guarda-Vidas na Praia de Ipanema-RJ, durante carnaval fora de época. Mais adiante, aos 20 anos de idade, me meti, ou melhor, me meteram numa competição numa piscina olímpica, só por que eu morava numa ilha, e durante a competição tive câimbra e aspirei um montão de água. Como nasci numa ilha e nela morei durante muitos anos de minha vida, é natural que me interessasse pelas atividades esportivas que aconteciam nas praias da Ilha do Governador. Não só por isso, mas também por que o meu pai era pescador, desde o ventre de minha avó. Neste ambiente fui criança e adolescente. Aos vinte e dois anos de idade entrei para o Corpo de Bombeiros do RJ. Um mês depois estava quase desistindo, pois pensava que a coisa nos bombeiros era mais branda, que o sentido da coisa era trabalhar para ajudar as pessoas, mas não, lá era mais militarizado que a Aeronáutica, onde durante quatro anos e meio passei a minha vida. Realmente, queria deixar de ser bombeiro, mas foi quando em abril de 1983 circulou no boletim da unidade que recrutas poderiam fazer o mais novo curso dos bombeiros do RJ – curso de salvamento em praias. Então li várias vezes o boletim para ter certeza de que o que diziam era verdade – o recruta também poderia fazer o curso de Guarda-Vidas, pois o que mais queria era sair do quartel. Foi então que caiu a ficha e perguntei a um colega o que faz o Guarda-Vidas – eu nem sabia o que era isso – então recebi a resposta: o Guarda-Vidas trabalha na praia. Aonde, eu disse. Na praia, respondeu o colega. Não pensei duas vezes sequer: se é para trabalhar na praia vou nessa. Fiz os testes e com muita dificuldade passei, até porque não tinha muita habilidade na água, mas fui abençoado. O meu curso, como foi o Primeiro Curso de Guarda-Vidas do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, durou cerca de três. Duríssimos meses! Durante esta jornada encontrei muitas dificuldades, tal como os meus colegas de turma, pois o curso foi realizado durante o inverno e numa das praias mais perigosas do Estado do Rio de janeiro – a Praia da Macumba. – Para aqueles que desejam surfar nesta praia têm de ter na consciência que terão que atravessar três arrebentações. E, quando o mar neste local fica grande é desesperador... Todo o curso possuía cerca de 103 homens e foi dividido em três pequenos grupos: o grupo A – que eram os melhores nadadores; o grupo B – que eram os nadadores razoáveis; e o grupo C – que eram os piores, os abobrinhas. Então, na sua concepção em qual grupo eu me encaixava?? Acertou se falou os abobrinhas... e neste grupo fiquei mais da metade do curso. Foi então que de tanto ser chamado de abobrinha resolvi treinar fora do horário do curso... e assim foi... passei a treinar de segunda a segunda. Como havia prova para mudar de grupo a cada 15 dias na primeira prova que fiz passei direto para o grupo A. Do grupo A foram separados 15 alunos para serem seguranças dos próprios colegas de curso e tive a felicidade de ser um destes deste grupo especial. Lembro-me que meu peso aumentou muito, pois adquiri muita massa muscular realizando meus treinamentos aquáticos e muita barra e paralela. Também nesta época de treinamento, para sair do grupo dos abobrinhas, comecei a realizar pequenas travessias que culminou em cruzamento em entre ilhas. Todos os dias eu corria, fazia barras e paralelas e realizava uma travessia... todos os dias. Rapidamente, fiquei muito conhecido na ilha em que morava. O curso então acabou e somente 70 homens se formaram. Os outros ficaram pelo caminho... outros até tentaram realizar o curso novamente... alguns conseguiram e outros não. No final do ano de 1983 todos os Guarda-Vidas do Corpo de Bombeiros foram convocados a estarem na Praia do Diabo, Arpoador – RJ, para fazerem um teste de arrebentação com os instrutores do SALVAMAR. Neste dia o mar estava grandão, mas como fomos treinados na Macumba, entrar no mar e sair praticando jacaré era coisa de criança. Todos foram aprovados!! Então, a partir desta data fomos ingressos no Salvamar do RJ. Fui destacado para as praias da Barra da Tijuca e dela para a Praia do Recreio dos Bandeirantes. Em 1984, antes da semana santa recebemos ordem superior para retornarmos ao quartel dos bombeiros.... me lembro que na época foi grande a mortalidade de pessoas, possivelmente por que não nos tinham mais nas praias. Neste mesmo ano o governo do Estado do Rio de Janeiro passou as atribuições do Salvamar para o GMar, unidade operacional do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro e com isso retornamos para as praias. Ainda, em 1984, foram realizados os testes para a segunda turma e no decorrer do segundo curso fui convidado pelo meu Amigo Jorge Cunha para participar durante um dia como monitor no curso. O meu trabalho foi apreciado pelo coordenador, o então Major Nilton Barros Junior e desde este dia passei a ser instrutor do curso de Guarda-Vidas do RJ. O aprimoramento veio por meio de vários cursos que realizei, todos voltados para conhecer melhor o corpo humano e o ambiente aquático. Em 2000, já com 40 anos de idade prestei vestibular e passei me formando professor de Educação Física. Mas vale lembrar, por que este é um dado histórico, que no início de minha caminhada acadêmica fui convidado pelo Prof. Marcelo Baboghuian – docente da cadeira de fisiologia da faculdade - a desenvolver um projeto, o qual culminou no primeiro curso de extensão universitária em salvamento aquático do Brasil, realizado nas Faculdades Integradas de Guarulhos – SP.


A SUA MONOGRAFIA TRATA SOBRE PREVENÇÃO E AÇÃO DIANTE DO AFOGAMENTO, ALÉM DE OBSERVAR O ENTENDIMENTO DE PROFESSORES E ALUNOS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE O ASSUNTO ATUALMENTE QUE TRABALHO VOCÊ DESENVOLVE?
- Bom!! Atualmente, desenvolvo um projeto na Universidade Federal de São Paulo / Escola Paulista de Medicina sobre a questão do reconhecimento, prevenção e ação diante do afogamento. Este projeto circula em segredo e não posso divulgá-lo até que defenda a minha tese.

JÁ É O TRABALHO QUE VOCÊ QUER FICAR FAZENDO OU SEU TRABALHO ESTÁ EM TRANSIÇÃO? PORQUE LI QUE VOCÊ É ALUNO DO MESTRADO DE EMERGÊNCIAS MÉDICAS. VOCÊ QUER ENSINAR NAS FACULDADES?
- Na verdade, penso que estamos em constante mudança, ou seja, nos aperfeiçoando há todo momento. O mais importante neste aspecto é que milhares de pessoas morrem por afogamento no Brasil e alguém precisa despertar a consciência preventiva da sociedade em relação a esta catástrofe anual que atinge na sua grande maioria crianças de 0 a 14 anos de idade. Penso e muitos pesquisadores da área também (Andrés, Gonzalez, Peresenda, Palácios, Valeiras, Porto, Tilló e outros) que a Educação Física tem importante função a desempenhar na prevenção do afogamento, posto que o objetivo de seu estudo é o homem em movimento, variável de maior interesse deste processo. Com este propósito, venho desde 2001 ensinando técnicas de salvamento aquático nas instituições de ensino superior e nos encontros acadêmicos e científicos que nos convidam para participar.

EU LI SUA MONOGRAFIA TODA E ADOREI AS DICAS DE SURF E APRENDI LENDO ESSA MONOGRAFIA O QUANTO É IMPORTANTE APRENDER A SALVAR E A ESPALHAR ESSE CONHECIMENTO E VOCÊ PRETENDE QUE A SUA MONOGRAFIA SE TRANSFORME NUM LIVRO?
- A monografia, na verdade já é um livro, mas num formato acadêmico científico. Já a transformamos num material mais didático de acesso rápido para qualquer pessoa, porém até o momento não obtivemos interesse de nenhuma empresa – editora - que quisesse publicá-lo, a pesar de saber que iria ajudar muitas pessoas, principalmente os surfistas.

EU A DOREI COISAS QUE APRENDI NELA SUBRE O SURF E SOBRE O VALOR DESSE CONHECIOMENTO SALVAMENTO. É UMA MONOGRAFIA QUE ESTIMULA A AQUISIÇÃO DE CONHECIMENTO ACHEI O OURO! VC PODE ESCREVER ALGUMAS PALAVRAS PARA A COMPREENSÃO DOS ALUNOS E PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA MELHORAR SOBRE A NECESSIDADE DE ESTUDAR SOBRE SALVAR ( AI PROFESSOR EU A DORO RIMAR!) ?
- Então!! Penso que, atualmente, o sujeito quando se forma como Profissional de Educação Física vai para o mercado de trabalho para fazer aquilo que muitos outros professores já estão fazendo, e há muito tempo. Alguns se dão conta que precisam se reciclar e com isso ampliar o conhecimento. Neste sentido está o salvamento aquático que além de ser uma ferramenta de cunho social fortíssimo, é também educadora, promove a melhora das capacidades coordenativas e condicionantes. Neste contexto o salvamento aquático é um importante instrumento que contribui para melhorar a força, a resistência, a velocidade e a flexibilidade, além da coordenação, agilidade e ritmo. A prática do salvamento aquático aumenta a capacidade vital, amplia a hipertrofia muscular, preveni a sarcopenia e dá a conhecer a melhora fisiológica geral tal como: a melhora da força e em conseqüência o aumento de ATP no músculo esquelético, melhora a hematose, aumenta o nível de hemoglobina no sangue, aumenta o número e tamanho das mitocôndrias no interior celular, melhorando com isso a fosforização oxidativa e o aumento da freqüência basal em repouso. Enfim, a prática do salvamento aquático promove a melhoria do sistema de controle biológico geral retardando a síndrome metabólica. O salvamento aquático é composto por dezenas de exercícios que melhoram o metabolismo humano, aprimorando o desempenho no trabalho e inclusive, fora dele, pois os conhecimentos e exercícios praticados permitem o melhor relacionamento interpessoal. Com todas estas ferramentas nas mãos os profissionais de Educação Física que trabalham com natação podem se tornar profissionais diferenciados no mercado de trabalho. A conseqüência disso é a sensível diminuição de acidentes e mortes por afogamento no Brasil, por intermédio da educação.

DEIXAR PESSOAS SE AFOGAREM FAZ PARTE DO ADORMECOIMENTO EM QUE VIVEMOS NA TERRA E PODEMOS ACORDAR OU PROFESSOR DESCULPE EU ME ALONGAR, MAS ESSE ASSUNTO CONHECER ESTUDAR É DE EMPOLGAR, PORÉM CONTINUE A NOS INFORMAR! VOCÊ JÁ SALVOU VIDAS?
- Talvez adormecimento seja a palavra mais adequada. O conhecimento de salvar vidas no meio áqueo foi por muitos anos, no Brasil, monopolizado e as pessoas passaram a relacionar este conhecimento com um grupo especial da sociedade, o qual chamamos de Guarda-Vidas. Neste contexto as pessoas deixaram adormecer o que está dentro de nós desde a concepção dos tempos que é o sentido de preservação. Não só a auto-preservação, mas a de nossos queridos e de terceiros, também. Com isso, penso, as pessoas passaram a ter medo de ajudar... outros em risco de afogamento, salvo o melhor juízo. Também, em nosso país há o problema cultural, ou seja, qualquer mapa do Brasil revela uma vasta extensão litorânea e uma complexa rede de rios, represas e lagos. Além disso, como um país tropical com uma nação navegante pode haver poucas pessoas que algum dia ou outro não esteve dentro ou na extremidade da água. Deste modo, não é surpreendente que haja várias fatalidades de afogamento. Nesta estrada já fiz centenas de socorros, uns mais graves e outros menos, mas graças a Deus até o momento nunca morreu qualquer pessoa por afogamento em minhas mãos.

PODE CONTAR UMA HISTÓRIA IMPRESSIONANTE? SUA E DE OUTRAS PESSOAS QUE JÁ SALVARAM AFOGADOS ?
- Tenho em minha carreira profissional diversas ocorrências que demorariam dias para relatar, mas gostaria de nessa oportunidade homenagear um colega Guarda-Vidas já falecido, descrevendo a sua história. O seu nome Jorge e sua alcunha Came Back Love.
Por: jorge Came Back Love.
Era verão, porém não lembro a data nem ano. A praia estava extremamente cheia de banhistas, o mar estava agitadíssimo, de ressaca. Éramos somente eu e o Aleixo de serviço de Guarda-Vidas no Posto 12, Leblon, Rio de Janeiro.
Já eram aproximadamente 17h00min. Naquele dia e àquela hora, nos já havíamos feito muitos socorros. Mas no alto verão do Rio de Janeiro 17h00min parecia como o meio dia de tão cheia de pessoas estava à praia. Nós prestávamos atenção no mar quando desceu pela Avenida Niemayer um automóvel em velocidade e parou próximo onde estávamos e gritou: Salva-Vidas! Tem um cara se afogando lá próximo às pedras, depois do pontal do Leblon. Rapidamente, me propus a fazer o socorro!
Comecei a subir a Avenida Niemayer correndo e ao passar pelo pontal, hoje Mirante do Leblon, observei que, realmente, havia uma pessoa se batendo e tentando subir nas pedras. Talvez ele fosse um pescador, mas naquele momento ele era um afogado e alguém tinha que fazer alguma coisa.
Ao observar a situação do mar e também do afogado, solicitei a um carro que passava para parar no posto do Leblon e dizer ao Guarda-Vidas, o Aleixo, que solicitasse com urgência o helicóptero por auxílio. E, rapidamente comecei a descer as pedras para socorrer o camarada. Se voltasse correndo ao Posto 12 para então solicitar o helicóptero para auxiliar certamente à vítima já teria morrido por afogamento.
Descendo então pelas pedras, com total atenção no mar e nas ondas. Foi quando uma daquelas ondas enormes explodiu e subiu as pedras. Mergulhei e nadei o mais rápido possível até onde estava a vítima. Agarrei o afogado e comecei a rebocá-lo para o mais longe possível do costão, pedindo-lhe que me ajudasse batendo as pernas o mais forte que ele pudesse.
E, assim ele fez! Estávamos há algumas dezenas de metros do costão quando veio o helicóptero e nos resgatou com o puçá, deixando-nos com toda segurança na areia da Praia do Leblon.
Lembro-me que quando estava lá no alto dentro do puçá e olhei para baixo, as imediações da Avenida Niemayer estava totalmente parada enquanto o público que ali estava aplaudia o sucesso do resgate. Depois de todo o ocorrido na praia me passaram a chamar de Guarda-Vidas Kamikaze.
A história que acabaram de ler foi removida do site Salvamentoaquatico.com que eu possuía na internet, mas por situações adversas o encerrei. Porém, nesta oportunidade gostaria de recomendar aos leitores que visitem o Saudedoser.com.br, pois nele se encontraram histórias extraordinárias sobre a questão do afogamento, como foi o caso ocorrido com a Dra. Angela Sampaio.

PRA QUEM SERVE ESSE CURSO DE SALVAMENTO AQUÁTICO?
- Em mais de vinte anos atuando como instrutor do curso de Guarda-Vidas profissional e deste modo me envolvendo em vários projetos destinados a população, minha prática e visão profissional foram sofrendo modificações. No início, estava centrada no referencial da vivência do desenvolvimento locomotor, e com o passar do tempo voltei-me para uma perspectiva educacional, preocupado em transportar ao ensino de graduação superior, o estudo e o conhecimento do salvamento aquático. O curso de salvamento aquático, neste sentido, é uma importante ferramenta que amplia o conhecimento humano em relação à cultura preventiva, portanto contribui para salvar vidas. Ele é destinado para todo cidadão de bem que vê nesta área do conhecimento algo que pode lhe ser útil.

NESSE CURSO APRENDE-SE RESSUSCITAÇÃO CÁRDIO PULMONAR?
- Com certeza! Estudos apontam que programas de DEA e RCP para socorristas leigos aumentam a taxa de sobrevivência de 49% a 74%, decorrentes de PCS com FV testemunhada. Portanto, esses programas mostram a importância de ministrar treinamento a socorristas leigos e de introduzir sistemas de respostas planejadas e práticas.

É FÁCIL ORGANIZAR UM CURSO DESSE? QUAL A PARTE MAIS DIFÍCIL? COMO AS PESSOAS QUE SINTAM QUE ESSE CURSO É ÚTIL IMPORTANTE PODEM AJUDAR NESSA REALIZAÇÃO?
- Realmente organizar um curso de salvamento aquático ou de RCP Aplicada por Leigos Treinados em Adultos, Crianças e Lactantes requer planejamento. Vários fatores estão envolvidos desde a captação de recursos, principalmente de empresas que querem ajudar e com isso se beneficiarem do marketing gratuito ou obterem uma forma de receberem algum desconto nas tarifas governamentais, até a conclusão por meio da certificação. Neste contexto, penso que o mais difícil é congregar as empresas e as pessoas que estejam dispostas a cooperar. Este trabalho é importantíssimo, pois além de ter alto valor social, contribui para melhorar a saúde e a qualidade de vida, dos praticantes da arte de salvar vidas. Penso que todas as empresas deveriam observar melhor o potencial destes cursos, não só em relação à propaganda que este trabalho fornece afinal quem não gostaria um dia de vestir a camiseta do herói das praias, o Guarda-Vidas. Mas, muito mais do que isso, pois mediante os cursos de salvamento aquático ensinamos ao cidadão, indivíduo responsável, um dos mais desafiantes trabalhos existente e que poucas posições abrangem que é guardar, proteger e salvar vidas humanas.

PROFESSOR VOCÊ ESTÁ FELIZ?
- Bom!! Levando em consideração o local de onde vim e o que possuo agora. Considerando-se que a pesar dos problemas sócio-econômico adquiridos por viver numa cidade cosmopolita e ao mesmo tempo pensar que os que vivem uma vida simplória também têm os seus problemas e administra-os, sou feliz, mas pode ser melhor.

PODE PASSAR UMA MENSAGEM SOBRE A SUA FELICIDADE E SOBRE A SUA RECEITA DE COMO FAZER A VIDA FUNCIONAR PORQUE ENSINAR A SALVAR É O QUE HÁ E ESTIMULAR A ESTUDAR É O QUE MAIS VALOROSO HÁ.
- Penso que não há receita, mas faço todas as minhas obrigações com amor e talvez neste sentido obtenha o foco que todos procuram que é a felicidade. A minha filosofia é que ensinado as pessoas comuns sobre como reconhecer, prevenir e agir diante do afogamento, conseguiremos diminuir os altos índices de mortalidade por este tipo de ocorrência no Brasil e também no mundo. Se esta filosofia for boa, o que acredito que ela é, outras pessoas me seguirão e com isso alcançaremos o nosso objetivo.
Pois, assim disse Sócrates a Críton: “ ...não te preocupes com que sejam bons ou maus os mestres de filosofia. Esforça-te por examiná-la bem e sinceramente; se for má, procura arredar dela os homens, mas se for boa o que acredito que ela é, segue-a, e serve-a e regozija-te”

PARABÉNS PROFESSOR TÔ FELIZ QUE VOU SER SUA ALUNA, JÁ SOU JÁ TÔ APRENDENDO UM MONTE COM VC E ESPERO NÃO PRECISAR USAR ESSE CONHECIMENTO MAS SE USAR NUM VOU VACILAR NEM DEPOIS ME CONDENAR POR NÃO SABER ATUAR SE UM IRMÃO PRECISAR QUE BOM QUE DEZEMBRO JÁ VAI CHEGAR!
Obrigado a você, Angela, pela oportunidade. O Brasil lhe agradece.
Um Grande Abraço.

"SOCORRISMO ACUÁTICO PROFESIONAL: Formación para la prevención y la intervención ante accidentes en el medio acuático."

“Formación, preparación y organización para tener éxito en Socorrismo Acuático”

En Socorrismo Acuático es imprescindible una FORMACIÓN inicial para garantizar el desempeño de las funciones propias del socorrista acuático. Esta formación inicial es el punto de partida para desempeñar con garantías una profesión relacionada con la salud y la vida.

Además, en Socorrismo Acuático es imprescindible tener PREPARACIÓN, y para conseguirla hay que estar actualizados permanentemente en técnicas y protocolos.

Y, por supuesto, una de las claves del éxito en Socorrismo Acuático es la ORGANIZACIÓN, ya que sin ella muy poco se puede conseguir en una labor profesional con el principal cometido de prevenir accidentes y, si es necesario, intervenir para salvar vidas.

Convencidos de la certeza de las tres frases anteriores, este libro nace con tres propósitos iniciales:
- Contribuir a la formación inicial de los futuros profesionales del socorrismo acuático.
- Contribuir a la preparación permanente de los profesionales del socorrismo acuático, que deben tener la actitud profesional que les provoque el deseo de estar actualizados en sus conocimientos.
- Contribuir a divulgar la trascendencia y necesidad de organizar los servicios de socorrismo siguiendo parámetros que hayan demostrado evidencia y eficacia, rechazando criterios basados en opiniones personales y/o económicas, tan frecuentes y, en ocasiones, únicos.

Para conseguir estos propósitos, en el libro se tratan temas tan interesantes como el concepto, los objetivos y los límites del socorrismo acuático; una completa reseña histórica; datos y estadísticas de interés en socorrismo; el socorrista acuático profesional y su formación; las diferencias entre deporte y profesión en salvamento y socorrismo; la prevención de accidentes acuáticos y ahogamientos a través de la educación, de la información y de los recursos en socorrismo; la prevención en actividades y programas acuáticos; la vigilancia; la secuencia de actuación ante rescates acuáticos; las técnicas para entrar al agua; las técnicas de nado adaptadas; el buceo; las técnicas de control y zafaduras; las técnicas de traslado de accidentados en el medio acuático; las técnicas de traslado de accidentados en el medio acuático con material de rescate; las técnicas para la extracción de accidentados en el medio acuático; la intervención prehospitalaria ante posibles lesionados medulares en el medio acuático; los espacios acuáticos y sus características y diferencias de interés en el socorrismo acuático. Además, como novedades en este tipo de publicaciones se incluyen los temas de la Bandera Azul y su repercusión en los servicios de socorrismo, la comunicación aplicada a situaciones de prevención de riesgos y legislación relacionada con socorrismo acuático.

Esta publicación cumple, por tanto, con todas las posibilidades de aplicación en la formación de profesores, así como de socorristas profesionales, bomberos, protección civil, cuerpos de emergencias y cualquier otro colectivo relacionado con la prevención de accidentes y la intervención ante accidentados en el medio acuático.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Salva-Vida

Música de: Caetano Veloso

Místico pôr-do-sol no mar da Bahia
E eu já não tenho medo de me afogar
Conheço um moço lindo que é salva-vida
Vida
Um da turma legal do Salvamar
Que é fera
Na doçura, na força e na graça
Ai, ai
Quem dera
Que eu também pertencera a essa raça
Salva-vida
Onda nova
Nova vida
Vem do novo mar
Sólido simples vindo ele vem bem Jorge
Límpido movimento me faz pensar
Que profissão bonita pra um homem jovem
Jovem
Amar de mesmo a gente, a água e areia
No dia
Da Rainha das Águas
Do presente
Ai, ai
Luzia
A firmeza dourada
Dessa gente