quarta-feira, 30 de abril de 2008

MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA DO SURFISTA - Apresentação

Por: TOM CARROLL
Bicampeão de surf mundial profissional

O Curso de Sobrevivência do Surfista é um programa de treinamento fantástico para jovens, e estou feliz em poder aprová-lo como tal. Embora muita gente não saiba, a prancha de surf moderna é usada como plataforma para resgate em 50% de todos os resgates nas praias australianas, e o manual de SOBREVIVÉNCIA DO SURFISTA reconhece este fato, montando todo o programa em torno da prancha. Além disso, a Associação Australiana de Surf Escolar é composta por professores que dão aulas de surf como parte do currículo escolar de Educação Física, aceita o CERTIFICADO DE SOBREVIVÊNCIA DO SURFISTA DA Surf Life Saving Association of Austrália - SLSAA como pré-requisito de treinamento de segurança para a prática do esporte.

As imagens e textos contidos neste manual são notáveis exemplos de como a Surf Life Saving Association of Austrália, neste caso, com uma grande contribuição da comunidade fora do círculo do Surf, está desenvolvendo cursos modernos e práticos para o público em dia.

A comunidade australiana se sentira ainda mais segura sabendo que nossas praias estão repletas de milhares de jovens treinados em SOBREVIVENCIA DO SURFISTA.

A partir deste comprometimento, continuo, desenvolveu-se a necessidade de oferecer aos jovens australianos - a maioria ainda em idade escolar - um curso prático e atualizado que todos os clubes de Surf, colégios de segundo grau ou indivíduos devidamente qualificados possam aplicar.
Todos os Departamentos de Educação da Austrália e da Nova Zelândia aprovaram o Curso de Sobrevivência do Surfista, o que mostra claramente como ele é compensador.

Desde a década de 1980, o mais novo e empolgante esporte escolar vem sendo o surf escolar.
A Associação Australiana de Surf Escolar ajudou a SLSAA a desenvolver esse curso de Sobrevivência para Surfistas que se destina a ajudar, a todos aqueles que adentram a arrebentação e do mesmo modo a ampliar suas habilidades e conhecimento das condições oceânicas e situações potencialmente perigosas.

Não é preciso ser surfista para aproveitar as informações contidas neste livro, embora grande parte delas mencione as pranchas de surf, porque elas são usadas em mais de metade de todos os resgates na praia, hoje dia.

Os usuários de pranchas de windsurf, skis e boogie boards também empregam equipamentos que podem ajudar a sustentar um surfista ou banhista ferido.
Os quatro principais tópicos da Sobrevivência do Surfista são:

1) Conhecimento da Zona de Arrebentação
2) Procedimentos de Sobrevivência
3) Procedimentos para Resgate Individual
4) Técnicas de Ressuscitação
5) Primeiros Socorros aplicados a Surfistas.

Saudações e pratiquem surf com segurança - Tom Carroll.

A Surf Life Saving Association of Austrália – SLSAA e seus clubes afiliados vêm se envolvendo ativamente na proteção do público freqüentador das praias, na prevenção do afogamento e no salvamento de vidas humanas na água, deste 1907.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Resgate aquático e prevenção de afogamentos

Resgate aquático e prevenção de afogamentos: nível de conhecimento em acadêmicos do curso de Educação Física - UFCS e professores de natação da grande Florianópolis

Autor: JOSÉ, R. M.

RESUMO

Devido ao envolvimento inicial com o Corpo de Bombeiros Militar através da disciplina de Emergências em Educação Física (vindo assim a tornar-me Salva Vidas Civil em novembro de 2003 e Bombeiro Comunitário em junho de 2005), optei por abordar aquilo que venho estudando dentro do curso desde quando realizei a referida disciplina (2003/02). Sendo Florianópolis uma Ilha na qual o turismo destaca-se como mercado de trabalho e estando o profissional da Educação Física ligado a este, por que não dar ênfase a um assunto tão importante? Será que só aos futuros professores de natação é interessante ter conhecimentos quanto a prevenção e resgate de afogados, ou será que recreacionistas que atuam em hotéis, professores de escolas e outros mais não podem abordar tal assunto com seus alunos? Este trabalho não busca só apresentar a importância do profissional de Educação Física está preparado para lidar com a situação mas, principalmente, ter domínio do conhecimento em questão, podendo dessa forma, mediá-lo com seus alunos orientando-os e contribuindo para a formação dos mesmos e para uma diminuição no número de acidentes relacionados a afogamento. Foi verificado que, apesar dos formandos terem na graduação a maior fonte de informação quanto ao tema em questão, lá esta não foi abordada de forma significativa. Esta mesma situação é apontada pela maioria dos formados que, em sua maioria, apresenta-se como conhecedores do assunto através de cursos especializados. Sendo assim, como proposta de discussão, fica a questão: até que ponto é válido tornar a disciplina Emergências em Educação Física optativa, sendo esta (normalmente a única) que aborda tal assunto e que 50% dos formandos que fizeram parte desta pesquisa, citam ser válida, até mesmo, a criação de uma nova disciplina que aborde especificamente o assunto em questão?

Palavras-chaves: afogamento // prevenção // resgate

sexta-feira, 25 de abril de 2008

RECONHECER - PREVENIR - AGIR

Por: GUAIANO, Osni Pinto

Não há dúvida de que na vida humana o afogamento é um grande paradoxo, pois não existe vida sem água na forma em que conhecemos e porque somos gerados em meio líquido durante cerca de nove meses. Além disso, o afogamento apresenta índices negativos para a saúde: eleva os níveis de mortalidade; rouba anos de vida produtiva; onera os gastos com tratamento hospitalar; é responsável por seqüelas, às vezes irreversíveis.
Evidências apontam que de 1996 à 2004 cerca de 67,5 mil óbitos por afogamento ocorreram no Brasil. Estima-se que a cada ano acontecem no País em torno de 260 mil hospitalizações, mais de 1,3 milhões de resgates (788,5 / 100 mil habitantes), quase 600 vitimas NÃO ENCONTRADAS e aproximadamente 8.000 vítimas chegam ao óbito. 65% destas mortes são de crianças. O afogamento é a 2ª causa de morte entre 5 e 14 anos. 35% acontecem em água salgada, indicando que os Estados não banhados pelo mar têm o maior número relativo de óbitos por habitantes, representando locais de maior necessidade de atenção. Indicadores assinalam que a Região Sudeste possui o maior índice de mortalidade por afogamento e que o Estado de São Paulo lidera o alto índice de óbitos por afogamento no Brasil. Estima-se que em torno de 86,08% dos óbitos por afogamento de São Paulo acontecem nas cidades Não-litorâneas, principalmente no interior do Estado.

Neste sentido, prevenir o afogamento é fundamental !! Então, fique atento !!

RECONHECIMENTO - Identificar um caso de afogamento antes ou durante a sua ocorrência possibilita tomar atitudes mais precocemente. Preste mais atenção nas pessoas ao seu redor na praia ou piscina, e reconheça o banhista com potencial para o afogamento:

Fora da água - Pessoas nos extremos da idade, obesas ou com aparência cansada, alcoolizados, utilizando objetos flutuantes, turistas, imigrantes ou estranhos ao ambiente, cor da pele muito branca, ou o tipo de bronzeamento ou tonalidade de pele marcada por camiseta. Modo inadequado de se vestir para a praia ou piscina, ou com o equipamento inadequado. Comportamento tipo ‘estranho no ninho’ com: brincadeiras de rolar na areia; o local que escolhe para ficar na praia (perto de uma corrente de retorno); não observa as sinalizações de perigo; o sotaque; o modo como olha o mar com espanto; pessoas chegando à praia ou piscina em grupos grandes.
Dentro da água - Entra na água de forma estranha ou eufórico com brincadeiras espalhafatosas; escolhe a corrente de retorno para se banhar; nada com estilo errado; boiando na água; olha para areia ou borda constantemente; perde sua bóia e fica desesperado; brinca na água ou na corrente de retorno de costas para a onda; nada a favor da corrente lateral ou de retorno (perigo iminente); tem um comportamento assustado quando vem uma onda maior; tampa o nariz quando afunda a cabeça na água.
Sinais de uma vítima já se afogando - Expressão facial assustada ou desesperada; perdendo o pé na água, afunda e volta a flutuar em pé; onda encobre o rosto da vítima que olha para a areia; nada, mas não sai do lugar; nada contra a força da correnteza; nada em pé sem bater as pernas; o cabelo caindo na face; ou está de borco na água.
“Você pode salvar muitas vidas sem entrar na água, apenas use o bom senso reconhecendo potenciais vítimas. Oriente-as a se banhar próximo ao posto de salvamento e a obter informações, com o guarda-vidas, de como evitar o afogamento.”

Alarme (Solicitando Socorro) – Após reconhecer a necessidade de socorro, chame por ajuda ou peça a outro para fazê-lo (no Brasil, ligue 193 - Bombeiros), ou avise alguém antes de tentar qualquer tipo de socorro. Jamais tente socorrer a vítima se você não tiver treinamento prévio, ou se estiver em dúvida. Socorristas podem morrer junto com a vítima se estiverem despreparados.

Se você sabe nadar, mantenha-se atualizado realizando cursos que podem capacitá-lo a reconhecer, prevenir e agir em casos de afogamento.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Prevenção, salvamento e socorrismo: dever de todos!!

Por: GUAIANO, Osni Pinto
A prevenção de situações de risco de lesões e acidentes é fundamental. Mas, quando a prevenção é realizada e os acidentes escapam do controle, é de extrema importância que circunstantes saibam como socorrer com eficiência e segurança, uma vez que eles são os primeiros indivíduos a terem contato com a vítima, pois a ambulância, em muitos episódios, é o segundo socorro.

Em conformidade aos aspectos citados e fazendo referência ao afogamento, podemos salientar que este tipo de ocorrência pode atingir o ser humano em qualquer idade, mas a infância e a adolescência são as fases de maior susceptibilidade, visto que quase 65% das mortes por afogamento no mundo acontecem entre 0 e 14 anos. O impacto do afogamento no setor saúde pode ser estudado por várias fontes, mas nenhuma delas totalmente completa e correta. A gravidade do problema não está só na alta mortalidade que produz. É importante considerar que para cada caso mortal relacionado com o afogamento, há número bem maior de resgates com lesões em graus variáveis.

Dentre os objetivos deste trabalho está a atualização profissional e educacional, por intermédio da prevenção, do salvamento e do socorrismo, em casos de acidentes no âmbito profissional e fora dele. Portanto, aperfeiçoar a saúde e a qualidade de vida, além de promover a socialização e exercitar situações de emergência.

Enfim, este trabalho visa divulgar a prevenção, o salvamento e o socorrismo como meios de minimizar os efeitos dos acidentes mais comuns do dia-a-dia e do mesmo modo, estudar sobre como desenvolver as medidas de prevenção e controle do afogamento. Por tanto, unir forças e não somente ampliar o conhecimento como também expandi-lo entre a Sociedade. Com isso, além de divulgar projetos do meio acadêmico e científico, colaborar para prevenir e diminuir do alto índice de acidentes e mortes no Brasil e no Mundo. Afinal, cidadania é se preocupar com o bem-estar de todos, é estar pronto para ajudar a todo momento, é promover a saúde e o espírito de colaboração.